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Boicote das marcas ao Facebook fez Mark Zuckerberg perder mais de 6 mil milhões de euros

A enxurrada de ‘negas’ à rede social, acusada de não saber controlar os discursos de ódio, continuou até esta sexta-feira, quando a Unilever se juntou ao leque, o que fez com que as ações do Facebook tombassem 8,32%.
  • 5. Mark Zuckerberg
27 Junho 2020, 11h14

O CEO do Facebook tornou-se 7,2 mil milhões de euros (cerca de 6,4 mil milhões de euros) mais pobre depois de mais de uma centena de marcas e empresas terem feito um boicote à rede social e retirado publicidade da rede social. A enxurrada de ‘negas’ continuou até esta sexta-feira, quando a gigante Unilever se juntou ao leque, o que fez com que as ações do Facebook tombassem 8,32%, para 216,08 dólares, no fecho da sessão.

A multinacional britânica seguiu assim o exemplo de multinacionais como a Verizon Communications, a Coca Cola (neste caso, temporariamente) ou a Ben & Jerry’s, que argumentam que o Facebook não está a conseguir controlar a forma como as pessoas a utilizam para propaganda de discurso de ódio

O anúncio de que a Unilever, uma das maiores anunciantes do mundo, se iria unir aos críticos fez com que a tecnológica perdesse 56 mil milhões de dólares de valor de mercado, reduzindo o património líquido de Mark Zuckerberg para 82,3 mi milhões de dólares, de acordo com o índice “Bloomberg Billionaires”. A queda abrupta influenciou o ranking: o CEO do Facebook caiu para o quarto lugar dos mais ricos e foi ultrapassado pelo empresário francês Bernard Arnault, presidente da Louis Vuitton. Jeff Bezos e Bill Gates mantém-se nas duas primeiras posições da tabela.

Mais tarde, o Facebook anunciou que havia mudado as políticas e que, a partir de agora, iria proibir mensagens de ódio moderar publicações de conteúdo político. Ou seja, serão assinaladas todas as mensagens de políticos que quebrem as regras da rede social, incluindo as do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“No geral, as políticas que estamos a implementar hoje são desenhadas para enfrentar a realidade dos desafios do nosso país e como estão a surgir em toda a comunidade. Estou empenhado em garantir que o Facebook continua a ser um lugar onde as pessoas possam usar a voz para discutir questões importantes, porque acredito que podemos progredir mais quando nos ouvirmos. Mas  também sou contra o ódio ou qualquer coisa que incite a violência ou reprima a votação, e estamos comprometidos em removê-la, não importa de onde ela venha”, explicou Mark Zuckerberg, num post divulgado ontem.

https://www.facebook.com/zuck/posts/10112048980882521

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