O índice PSI está a contrariar o sentimento positivo que se vive nos mercados em função da vitória de Donald Trump na corrida à Casa Branca. O índice é penalizado sobretudo pela descapitalização do grupo EDP, ligada à vitória de Trump nas presidenciais norte-americanas.
O principal índice da bolsa de Lisboa contrai 2,98%, até aos 6.353 pontos. As ações da EDP Renováveis contraem 10,76% até aos 11,28 euros, ao mesmo tempo que a EDP recua 5,76% para 3,369 euros. No mesmo setor, a REN recua 1,30% e fica-se pelos 3,369 euros. Em simultâneo, o BCP contrai 2,59% para 0,4439 euros.
Por outro lado, a Greenvolt é a cotada que mais ganha, na ordem de 1,37%, para 8,16 euros por título.
Entre os principais índices europeus o sentimento é muito distinto, com Espanha a registar a única descida, em 1,94%. O Reino Unido está a ganhar 0,93%, França sobe 0,84% e a Alemanha avança 0,50%. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 e o principal índice de Itália adiantam-se 0,26 e 0,04%, respetivamente.
No mercado de futuros, o barril de Brent recua 1,32%, até aos 74,53 dólares, ao mesmo tempo que o crude derrapa 1,38%, para 71,00 dólares por barril.
“A maioria das bolsas europeias segue animada com a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas. O triunfo do candidato republicano está a gerar valorizações expressivas em alguns setores de Wall Street, a avaliar pelo comportamento do mercado de futuros sobre os principais índices de ações em Nova Iorque”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“O setor das utilities, que teria em Kamala um impulso, está a ser castigado e a arrastar em Portugal a EDP Renováveis e a EDP e em Espanha a Iberdrola, castigando por isso o PSI e o IBEX, que adicionalmente são pressionados pelo ambiente negativo no setor da banca”, assinalam os analistas.
“No seio empresarial de destacar ainda a valorização do Novo Nordisk, impulsionado pelos medicamentos para a perda de peso. A Fresenius SE também reage bem a contas. Já o Credit Agricole, a Puma e a BMW respondem negativamente”, sublinha-se.
“No plano macroeconómico foi revelado que a atividade nos serviços da zona euro acelerou inesperadamente o ritmo de expansão, seguindo direção semelhante à indicada nos últimos dias para a China e para os EUA”, acrescenta-se na mesma análise.
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