[weglot_switcher]

Bolsa de Lisboa em alta em dia misto na Europa

O mercado nacional encerrou em alta, favorecido sobretudo pelo comportamento das ações da Galp. A petrolífera foi favorecida pela subida do preço do petróleo nos mercados internacionais.
11 Julho 2019, 17h49

O PSI 20 fechou em alta de 0,63% para 5.185,69 pontos.  A liderar as subidas em Lisboa estiveram a Galp (+2,74% para 13,87 euros); a NOS subiu 1,95% para 5,755 euros; e a Jerónimo Martins (+1,23% para 14,435 euros).

A petrolífera foi favorecida pela subida do preço do petróleo nos mercados internacionais. A cotação do barril de crude disparou mais de 4% na sessão de ontem. “Entre os principais fatores estão a queda das reservas de crude nos EUA (-9,5 milhões na semana passada segundo dados da EIA), as tensões com o Irão e uma tempestade sobre o Golfo do México, que obrigou à retirada de trabalhadores das plataformas de prospeção offshore“, refere a análise da Mtrader.

Notas de mercado indicam que um terço da produção no Golfo foi suspenso, adianta o analista.

Hoje o Brent está a corrigir ligeiramente (-0,01% para 67 dólares.

Já no pólo oposto na Bolsa de Lisboa está a Semapa 12,24 euros (-2.55%). A Altri fechou em perdas de 1,17% para 5,89 euros.

O grupo EDP recuperou das perdas do dia de ontem motivadas pela subida das yields soberanas, e fechou em alta de 0,60% para 3,37 euros.

O BCP manteve-se praticamente inalterado nos 0,2834 euros, no dia em que a Goldman Sachs reduziu a avaliação de várias instituições. No caso do BCP o banco cortou o preço-alvo foi cortado dos 0,31 euros para os 0,30 euros.

As praças europeias perderam o entusiasmo matinal e encerraram divididas entre os ganhos do PSI20, IBEX (+0,30% para 9.280,30 euros)  e FTSE MIB (0,56% para 22.169,42 euros) e as perdas de CAC (-0,28% para 5.551,95 euros), DAX (0,33% para 12.332,12 pontos) e Footsie (0,28% para 7.509,82 pontos).

O analista da Mtrader, Ramiro Loureiro,  diz que as “notas de mercado apontam um tweet de Donald Trump como fator de arrefecimento, isto depois de ter indicado que a China não está a cumprir com as promessas sobre a compra de produtos agrícolas”.

“De um modo geral, os investidores suportam-se na expectativa de que a Fed vai descer juros já este mês”, diz o mesmo analista que realça que em Wall Street, o índice industrial Dow Jones, hoje, já ultrapassou a barreira dos 27.000 pontos pela primeira vez.

Eurostoxx 50 fechou a cair 0,12% para os 3.497 pontos.

O dia de hoje ficou marcado por variações em diferentes sentidos, embora pouco significativas, diz o analista do BPI. O comportamento dos índices foi influenciado pelas palavras proferidas ontem pelo Presidente da Fed que sinalizaram que o Banco Central norte-americano poderá brevemente proceder a um corte das taxas de juro, refere o BPI.

Em Frankfurt, o Deustche Bank subiu 0,93% depois da notícia que estava a ser investigado pelos EUA no caso 1MDB. Fontes próximas do caso indicam que os EUA lançaram uma investigação ao banco alemão no âmbito do caso que envolve o fundo 1Malaysia Development Berhad (1MDB). Os EUA pretendem saber se o Deutsche Bank violou a sua legislação sobre corrupção por empresas estrangeiras ou as leis de combate à lavagem de dinheiro aquando a colaboração com a 1MDB, destaca a sociedade do BCP, Mtrader.

Em termos macroeconómicos, destaque para as atas da última reunião do BCE que revelaram que a “presença prolongada da incerteza” no plano geopolítico e a previsão de que a inflação na zona euro não vai atingir tão cedo o objetivo de 2% gerou um consenso entre os banqueiros do BCE para a afirmação da “determinação em agir”, ponderando todas as “potenciais medidas” de política monetária.

O mercado da dívida soberana está a subir. A dívida alemã subiu 8,2 pontos base para -0,225%; e a dívida portuguesa está a agravar 6,6 pontos base para 0,568%; ao passo que a dívida espanhola sobe 3,8 pontos base para 0,476%; e os juros da dívida italiana avançam 3,6 pontos base para 1,7%.

O euro cai 0,01% para 1,125%.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.