O PSI-20 subiu 0,26% para 5.759,05 pontos com os CTT a liderarem as subidas (+2,5% para 4,31 euros). As ações da EDP que valorizaram 1,94% para 4,84 euros no dia em que anunciou que vendeu um parque eólico em Espanha com 181 MW ao maior acionista por 307 milhões de euros. A EDP Renováveis anunciou assim mais uma operação no âmbito da sua estratégia de rotação de ativos. A venda foi efetuada com um “enterprise value” de 307 milhões de euros (1,8 milhões de euros por MW) à China Three Gorges, que é a maior acionista da EDP. A rotação de ativos da EDPR já atingiu 2,6 mil milhões de euros, mais de dois terços da meta total (8 mil milhões de euros), segundo a análise da BA&N.
As ações da Jerónimo Martins subiram 1,93% para 21,61 euros e as da Ibersol avançaram 1,97% para 5,18 euros. Destacaram pela positiva ainda a Novabase (+1,71% para 4,75 euros); a da REN (+1,59% para 2,56 euros) e da Mota-Engil (+1,34% para 1,284 pontos.
Pela negativa destacou-se a Sonae a cair 1,78% para 1,05 euros e a Semapa que perdeu 1,46% para 12,12 euros.
O research da BA&N conclui que os investidores apostaram no retalho para tirar partido da reabertura da economia. “A tendência é visível na bolsa portuguesa, com a Sonae e a Jerónimo Martins a brilharem no PSI-20, situando-se no pódio dos melhores desempenhos em 2021. A Sonae (61,6%) disparou 5% para máximos de 2018 na última sessão, ainda à boleia dos bons resultados do terceiro trimestre. A Jerónimo Martins está em máximos históricos (+49% em 2021)”, refere o daily Morning Call.
Os bons resultados das cotadas europeias justificaram a sexta subida semanal do Stoxx600, que negoceia em máximos históricos, diz ainda a mesma análise.
Na Europa o verde dominou. O EuroStoxx 50 ganhou 0,35% para 4.386,2 pontos e o Stoxx 600 avançou 0,28%.
O FTSE 100 subiu 0,05% para 7.3451,9; o CAC 40 ganhou 0,52% para 7.128,6 pontos; o DAX valorizou 0,34% para 6.148,6 pontos; o FTSE MIB ganhou 0,49% para 27.868 pontos e o IBEX fechou em alta de 0,16% para 9.095,7 pontos. Em terreno negativo fecharam a Grécia, a Irlanda, Áustria, Noruega e Polónia.
O analista do BCP destaca os “bons dados nos EUA e China”, como triggers que animaram as bolsas europeias.
“As praças europeias encerram em alta, sustentadas por bons dados macroeconómicos vindos da China, como as vendas a retalho e produção industrial, e dos EUA, onde o ambiente industrial mostrou melhoria surpreendente em novembro”, diz Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking,
“No seio empresarial a Philips foi a cotada que mais recuou no universo Stoxx600 (-10,6%), depois de um pedido da FDA para realização de exames adicionais por parte de um laboratório independente. O BBVA desvalorizou mais de 4%, após realizar uma oferta pela restante posição no Garanti. Mais logo as atenções vão estar voltada para conferência virtual entre Joe Biden e Xi Jinping”, refere o analista do BCP.
O Outlook da Morgan Stanley também pode ter impulsionado o mercado europeu, após afirmar que os fundamentais estão mais atraentes na Europa e no Japão, onde os Bancos Centrais irão ser mais pacientes na retirada de estímulos e as pressões inflacionistas serão menores.
As estimativas dos economistas dão razão à visão do BCE de que a alta da inflação será temporária na Zona Euro. De acordo com uma sondagem da Bloomberg, citada pela BA&N a subida do índice de preços no consumidor vai atingir um máximo de 4,2% no quarto trimestre, acima das estimativas anteriores que apontavam para 3,6%. Mas no quarto trimestre de 2022 a taxa de inflação estará já em 1,6%, abaixo da meta do banco central liderado por Christine Lagarde.
O Banco de Inglaterra prepara-se para ser o primeiro a subir os juros. Para a reunião de política monetária de 16 de dezembro os economistas sondados pela Reuters apontam para um agravamento de 0,1% para 0,25%, tornando o Banco de Inglaterra o primeiro entre os grandes bancos centrais a subir taxas de juro. Ainda assim, as opiniões estão divididas (26 em 47 esperam uma subida), pelo que a reunião estará rodeada de grande incerteza, segundo o research Morning Call.
Em termos macroeconómicos, o Eurostat, revela que entre janeiro e setembro de 2021, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 12,2 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 11,0 mil milhões de euros no período homólogo.
O euro recua 0,30% para 1,1411 dólares. No mercado de dívida, as yields da Alemanha sobem 3,03 pontos base para -0,23%; já Portugal vê os juros agravarem 2,93 pontos base para 0,40% e Espanha com os juros a avançarem 4,62 pontos base para 0,50%. Itália também alinha pelo mesmo diapasão, e sobe 4,08 pontos base para 0,99%.
O petróleo Brent cai 1,27% para 81,13 dólares.
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