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Bolsa de Lisboa sobe com BCP a valorizar quase 2%

A sessão foi marcada essencialmente por dois fatores. Por um lado a vitoria dos Conservadores nas eleições inglesas e o alegado acordo na fase 1 entre os EUA e a China. Por cá BCP, EDP e Galp lideram ganhos e NOS e Altri lideram perdas.
13 Dezembro 2019, 18h05

A bolsa nacional fechou o dia com ganhos apesar de abaixo dos ganhos das praças europeias. O PSI-20 valorizou 0,15% para 5.203,38 pontos com o BCP a ganhar +1,92% para 0,2021 euros.

A EDP e a Galp lideraram também os ganhos, enquanto que a NOS (-3,36% para 4,89 euros) e a Altri (-0,94% para 5,790 euros) encabeçaram as perdas. A EDP subiu +1,24% para 3,75 euros e a Galp avançou +1,14% para 14,615 euros.

A EDP e a EDP Renováveis fecharam em direções diferentes. Com a renováveis a cair -0,40% para 10,060 euros.

Numa entrevista ao jornal espanhol Cinco Dias, António Mexia disse que a EDP iria avaliar a curto prazo as ofertas para alguns dos seus ativos hidroelétricos. Relativamente à EDP Renováveis, o CEO da EDP não considerou prioritário o lançamento de uma oferta pelos cerca de 18% do capital da EDPR que a EDP não detém.

A Semapa subiu +0,85% para 14,160 euros e a Ibersol ganhou +1,03%.

No mercado, fora do PSI-20, a Vista Alegre Atlantis informou em comunicado que as 15,2 milhões (15.240.914) novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, com valor nominal unitário de 0,80 euros, emitidas no âmbito do aumento de capital da Sociedade encontram-se admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon a partir da presente data.

A Europa fechou em alta perante maior certeza no Brexit e no acordo comercial EUA China.

O FTSE 100 subiu 1,1% para 7.353,44 pontos.

“A maioria do Partido Conservador nas eleições britânicas e que levou Boris Johnson a referir que o Brexit vai mesmo ocorrer até 31 de janeiro de 2020 motivou as empresas britânicas e colocou o setor de Viagens & Lazer em evidência”, destaca o analisat da Mtrader, Ramiro Loureiro. “Adicionalmente a aprovação do presidente americano da fase 1 do acordo comercial parcial entre EUA e China e por conseguinte da eliminação das tarifas adicionais a produtos chineses, cuja entrada em vigor estava prevista para 15 de dezembro, trouxeram otimismo aos investidores no velho continente. O acordo EUA China não reverte tarifas aplicadas anteriormente, algo que poderá vir a ocorrer somente de forma faseada.

“As praças europeias fecham em alta, com o FTSE Mib (-0,26%) a ser a principal exceção”, diz também o analista da Mtrader.

O EuroStoxx 50 ganhou 0,67% para 3.731,07 pontos; o CAC 40 avançou 0,59% para 5.919 pontos; o Dax valorizou 0,46% para 13.282,7 pontos e o IBEX  disparou 1,01% para 9.563,7 pontos.

Em dados económicos destaque para o valor da Despesa em consumo per capita expresso em paridade do poder de compra subiu de 81% para 83% da média comunitária entre 2017 e 2018 do Eurostat. Portugal ocupava a 13ª posição entre os países da Zona Euro.

A amplitude da divergência entre os países europeus medida pelo PIB per capita varia entre um mínimo de 51% da média da UE na Bulgária e um máximo de 261% no Luxemburgo. O maior nível de PIB per capita registou-se no Luxemburgo, ao qual se segue a Irlanda e Holanda com 189% e 129% da média europeia, respectivamente. No fim da tabela encontram-se a Bulgária, Croácia (63%) e Roménia (65%).

No que respeita Portugal, o valor do PIB per capita expresso em paridade do poder de compra manteve-se em 77% da média comunitária (UE a 28) entre 2017 e 2018, sendo o terceiro mais baixo da Zona Euro.

Em média, os países da Zona Euro têm um PIB per capita, medido pelo PPS (Purchasing Power Standards ), 6% superior ao da UE a 28.

A dívida alemã está em queda de 2 pontos base para -0,289%, ao passo que a portuguesa a 10 anos cai 3,1 pontos base para 0,371%. Espanha também tem os juros a descerem 3,7 pontos base para 0,413% e Itália ao contrário tem os juros a subirem 2,6 pontos base para 1,259%.

O euro cai 0,07% para 1,1122 dólares.

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