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Bolsas da Europa animadas e Lisboa acompanha com subida da Mota, Galp e Navigator

Os mercados europeus fecharam em alta, após um início mais prudente. “Os catalisadores desta subida foram a subida das yields e as expetativas dos investidores em relação à situação política italiana”, diz o BPI. 
  • John Gress/Reuters
21 Agosto 2019, 17h32

Os mercados de ações europeus fecharam esta quarta-feira no verde e Portugal não foi exceção. O PSI 20 subiu 0,67% para 4.853,2 pontos. As ações da Navigator subiram 2,17% para 3,010 euros; e as da Mota-Engil ganharam 2% para 1,938 euros. A Galp valorizou 1,71% para 12,815 euros e a Altri também se destacou ao subir 1,54% para 5,595 euros. Destaque ainda para a Ibersol que subiu 1,23%.

A Jerónimo Martins avançou 1,09% para 14,785 euros. O BCP fechou hoje em alta depois da queda a que tem assistido. As ações ganharam 0,84% para 0,2041 euros. A REN avançou 0,80% para 2,530 euros e a Sonae subiu 0,85%.

Em queda estivaram a NOS que deslizou -1,20% para 5,35 euros e a Sonae Capital que perdeu -1,45% para 0,613 euros; e a Pharol que desceu -1,38% para 0,114 euros.

A subida de Lisboa foi menos expressiva do que as congéneres europeias. “Apesar da grande maioria dos títulos do PSI20 tenha subida, o fraco peso que os títulos mais cíclicos têm na bolsa nacional explica a sua underperformance face ao resto da Europa”, explica o analista do BPI no seu comentário de fecho.  “De facto, o mercado nacional não é composto por títulos tecnológicos e automóveis, que figuram entre os prediletos dos investidores quando o apetite de risco aumenta”, diz o mesmo analista.

A subida das yields no mercado secundário é apontado como o factor que justifica a subida dos mercados de ações.

Os mercados europeus fecharam em alta, após um início mais prudente. “Os catalisadores desta subida foram a subida das yields e as expectativas dos investidores em relação à situação política italiana”, diz o BPI.

As taxas de juro das obrigações soberanas europeias sofreram, em quase todas as suas emissões, uma ligeira subida. A dívida alemã subiu 2 pontos base para 0,67%. Portugal viu os juros agravarem 0,7 pontos base para 0,131% e a espanhola subiu 0,10 pontos base para 0,097%. Já Itália viu os juros caírem (-4,1 pontos base para 1,332%) refletindo a expectativa, que hoje no mercado começou a crescer, de que o Partido Democrata (centro-esquerda) e o Movimento 5 Stelle possam formar um governo, que teria uma posição mais conciliante do que a Lega em relação ao projeto europeu. Ontem, em Itália, o Primeiro-Ministro Conte apresentou a demissão, abrindo assim uma crise política no país.

O índice de Milão, FTSE MIB, subiu 1,77% para 20.847 pontos.

O EuroStoxx 50 ganhou 1,33% para 3.395 pontos; ao passo que o CAC 40 ganhou 1,7% para 5.435,5 pontos e o DAX avançou 1,3% para 11.802,8 pontos e o IBEX subiu 0,97% para 8.701,5 pontos.

Hoje foi um marco histórico no mercado obrigacionista europeu, com o Tesouro Alemão a emitir dívida a 30 anos. No entanto, a emissão acabou por não recolher o sucesso desejado já que a procura totalizou apenas 824 milhões face aos 2.000 milhões de euros oferecidos. Com o Bundesbank, o banco central alemão, a ficar com cerca de dois terços da dívida em leilão.  Os investidores emprestam dinheiro à Alemanha sem receber nada em troca e, pelo contrário, pagando. A emissão foi finalizada com um juro de -0,11%, o que significa que, se os investidores mantiverem a obrigação até ao fim da sua maturidade, vão receber menos do que o valor emprestado, uma estratégia que pode revelar-se rentável se no futuro outros investidores estiverem dispostos a pagar mais para a deter. A oferta era de dois mil milhões de euros em obrigações com maturidade em 2050 que, pela primeira vez, foram oferecidas ao mercado com cupão de 0% nesta maturidade.

O petróleo Brent em Londres avança 1,17% para 60,73 dólares.

 

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