Bolsas derrapam mas Lisboa contraria tendência. Produção industrial alemã abre semana

O setor de utilities esteve em alta e  bolsa de Lisboa contrario o sentimento negativo que se viveu entre os mercados europeus na sessão de sexta-feira. Esta semana abre com dados da produção industrial e da balança comercial na maior economia da zona euro.

O índice PSI subiu 1,95% e alcançou os 6.820 pontos, elevado pela valorização de algumas energéticas. É o caso da REN, cujas ações deram um salto de 5,60%, até aos 2,64 euros, em reação aos resultados da empresa, que indicou um aumento de 2% nos lucros de 2024, para 152,5 milhões.

Ao mesmo tempo, a EDP avançou 4,74% até aos 3,113 euros e a EDP Renováveis adiantou-se 3,59% para 8,23 euros. O BCP subiu 2,44% e os títulos alcançaram os 0,5538 euros, enquanto a Sonae se adiantou 2,12% e alcançou 1,012 euros.

Em sentido oposto, a queda mais expressiva foi a da construtora Mota-Engil, na ordem de 0,98%, até aos 3,23 euros, após atingir, na quarta-feira, um máximo de agosto.

No exterior, o sentimento foi negativo, com destaque para a Alemanha. O DAX, índice de referência em Frankfurt, perdeu 1,89%. Este viu-se castigado sobretudo pelo tombo de 6,49% na farmacêutica Bayer.

Depois de confirmada nova contração económica em 2024 (tal como em 2023), as dificuldades mantêm-se, mas os mercados mantêm-se resilientes. A ‘bazuca’ de 500 mil milhões de euros acordada pelos dois partidos que, provavelmente, farão parte do próximo governo alemão, gerou um impulso forte nas ações, na sessão de quinta-feira

O resultado foi o mesmo que já se havia observado nas semanas anteriores: a renovação de máximos históricos.

De resto, houve descidas de 0,94% em França e 0,46% em Itália, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 0,76%. Por outro lado, houve subidas mínimas em Espanha e no Reino Unido, na ordem de 0,01% e 0,02%, respetivamente. À hora de fecho das bolsas europeias, também em Wall Street se registava um sentimento negativo.

Esta segunda feira há dados importantes por analisar, já que vai ser divulgado o Índice de Produção Industrial e a balança comercial (ambos referentes a janeiro) respeitantes à maior economia da zona da moeda única.