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Bolsas fecham desanimadas apesar dos bons resultados dos bancos

Quarta-feira não foi um dia positivo para as principais praças europeias, que registaram perdas ao final do dia. Por cá, a família EDP e a Ibersol foram quem pressionou o PSI.
bolsa Lisboa mercados
17 Julho 2025, 07h00

Esta é uma semana importante para os mercados, uma vez que arranca a temporada de publicação de resultados do segundo trimestre do ano. Quarta-feira, foi a vez de os bancos apresentarem os seus lucros trimestrais.

O Morgan Stanley lucrou 3,5 mil milhões de dólares, o Goldman Sachs viu o seu lucro disparar 22% e o Bank of America superou estimativas, com um lucro de 7,1 mil milhões.

Por cá, a bolsa lisboeta fechou o dia a perder 0,17%, pressionada pela família EDP e pela energética Galp. A Ibersol foi quem liderou as descidas do dia, com uma perda de 1,22%.

O dia foi marcado pelo regresso da República ao mercado, tendo emitido 1.000 milhões de euros a um ano.

As restantes praças europeias também fecharam em baixa, com o CAC40 a descer 0,57% para 7.722,09 pontos e o IBEX35 a recuar 0,07% para 13.870,50 pontos.

Do outro lado do Atlântico, os índices iniciaram a sessão no ‘verde’, numa altura em que os investidores analisam os novos dados da inflação e os lucros dos bancos.

Segundo o analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, os “rumores de que Donald Trump pretende despedir Jerome Powell do cargo de presidente da Fed, ainda que aparentemente o seu mandato não lhe permita tal processo sem que haja justa causa, levaram a um movimento de depreciação do dólar face ao euro, acabando por mexer no sentimento. Trump tem vindo a pressionar para que Powell desça taxas de juro, sendo que a Fed efetuou uma pausa nesse ciclo recentemente, devido à falta de visibilidade quanto ao efeito de aplicação de tarifas por parte do presidente norte-americano”.

Os Estados Unidos também revelaram os preços ao produtor que “aliviaram o ritmo de subida em junho, o que favorece a tão desejada descida de inflação e, por conseguinte, de corte de taxas de juro”, refere o analista.

Esta quinta-feira, os investidores europeus preparam-se para receber os dados da inflação na zona euro e na UE em junho. No mês anterior, houve lugar a uma aceleração de 0,1 pontos percentuais para uma subida homóloga de 2,0%, precisamente o limite definido pelo BCE.

Já os Estados Unidos publicam dados das vendas a retalho, emprego e preços das exportações (junho).

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