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Bolsas registam leves ganhos e criptomoedas disparam com alívio das tensões comerciais

O acordo comercial assinado entre EUA e Reino Unido, a par do agendar de negociações para o mesmo efeito entre norte-americanos e China, levaram a uma redução das tensões, na perspetiva dos mercados. O sentimento gerou algum ânimo nos mercados de ações e, sobretudo, um maior apetite por ativos de risco.
12 Maio 2025, 07h00

As principais bolsas europeias registaram ganhos pouco expressiva na última sessão da semana passada. Numa semana marcada pela época de resultados e pela decisão da Fed de manter as taxas de juro, os mercados encerraram com os olhos na guerra comercial que opõe Estados Unidos e China.

Itália liderou os ganhos, ao subir 1,00%, ao passo que França e Alemanha somaram 0,64%. Esta última atingiu um máximo histórico. Acrescem subidas de 0,54% em Espanha e 0,25% no Reino Unido, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 se adiantou 0,42%.

Foram vários os gigantes empresariais que apresentaram os resultados do primeiro trimestre. Na quinta-feira, foi conhecida a decisão da Reserva Federal de deixar inalteradas as taxas de juro de referência, apesar da insistência de Donald Trump, presidente dos EUA, num corte imediato a este respeito. Ainda no âmbito do comércio internacional, os EUA anunciaram um acordo com o Reino Unido, que faz aliviar as tensões.

O sentimento positivo geral reflete um ânimo modesto, que pode estar associado às negociações comerciais entre Estados Unidos da América e China, que tiveram início neste fim de semana. As duas maiores economias do mundo procuram um entendimento de forma a que se reduza o clima de tensão, marcado pela subida das tarifas às importações, de parte a parte.

Em Lisboa, o índice PSI contrariou os leves ganhos registados nas principais praças europeias, na sexta-feira. A descida decorre sobretudo da desvalorização de 11,92% na capitalização dos CTT, em função da reação dos mercados ao tombo homólogo de 25,9% nos lucros, até aos 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre. As ações fixaram-se nos 6,80 euros, o que significa mínimos de meados de abril.

Seguiram-se descidas de 1,84% para 3,302 euros na Navigator, na sequência também de um decréscimo no que diz respeito ao resultado líquido referente ao primeiro trimestre, na ordem de 24,6%, face ao mesmo período de 2024, até aos 48 milhões de euros. A Jerónimo Martins contraiu 1,15%, até aos 22,32 euros e o BCP recuou 1,01% e ficou-se pelos 0,5896 euros.

Em sentido oposto, o grupo EDP esteve em destaque pelos melhores motivos, depois de ambas as cotadas apresentarem os resultados até março. Na EDP Renováveis, o lucro recuou 24% para 52 milhões de euros, ao passo que a EDP seguiu o caminho inverso, com um acréscimo de 21% para 428 milhões de euros. Em reflexo, os títulos da EDPR subiram 1,60% até aos 8,23 euros, ao passo que a casa-forte se adiantou 2,26% para 3,264 euros.

Ainda em alta, a Mota-Engil adiantou-se 1,84% e terminou o dia nos 3,986 euros, ao passo que a Galp derrapou 1,31% para 13,93 euros.

A aparente maior estabilidade no plano macro gerou um maior apetite por ativos de risco, o que fez desta uma semana especialmente positiva entre os criptomercados. Quando terminou a sessão de segunda-feira entre os mercados europeus, a Bitcoin valorizava mais de 1% e estava a ser negociada acima dos 102 mil dólares, uma barreira que não superava desde o início de fevereiro.

No caso do Ethereum (segunda criptomoeda com maior capitalização), registava-se um acréscimo acima de 5%, ao passo que a valorização no total da semana se aproximava de 26%.

Esta segunda-feira, não há dados macro de grande peso a caminho. Nesse sentido, as novidades do fim de semana sobre as negociações entre Estados Unidos e China deverão estar sob os holofotes. Em termos de resultados, destaque para a apresentação da petrolífera brasileira Petrobras.

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