De novo, o Brasil escolhe Portugal e a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) como a sua porta de entrada na Europa. E não apenas pela proximidade linguística e histórica, mas porque Portugal se tornou um dos grandes epicentros da reconfiguração global do turismo.

Lisboa já não é só um destino: é uma verdadeira plataforma. De lá, o Brasil projeta sua oferta única para outros mercados estratégicos, como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, onde o turista busca novas experiências que combinem autenticidade, cultura e sustentabilidade.

Mais do que um evento comercial para profissionais do setor do turismo, a BTL é hoje um termômetro das tendências e uma vitrine do que vem pela frente, um espaço onde destinos não apenas se promovem, mas redesenham sua narrativa.

Mas por que razão o turismo é tão estratégico? Porque é a única indústria que toca todos os setores fundamentais da sociedade. Ele combina cultura, negócios, mobilidade, meio ambiente e inovação social.

O turismo não é apenas sobre viajar, mas sobre viver experiências transformadoras, criar conexões e gerar impactos concretos na economia e na vida das pessoas. Ele movimenta o setor imobiliário, impulsiona a economia criativa, fomenta a gastronomia e ativa investimentos públicos e privados em infraestrutura.

Na verdade, um destino turístico bem estruturado pode regenerar cidades inteiras, recuperar patrimônios históricos e dar sentido econômico a tradições culturais antes ameaçadas pelo esquecimento.

A forma como alguns grupos hoteleiros, nomeadamente o grupo Vila Galé, se desenvolve em Portugal e no Brasil, são exemplo vivo de como património e cultura são os mais poderosos fatores de conexão e negócio.

Porque praticam o turismo sustentável se transformaram em uma força de regeneração, redefinindo a forma como exploramos o mundo sem destruí-lo; desenvolvendo em Portugal e no Brasil, alicerçados em uma história e língua comuns projetos notáveis de diversidade e rentabilidade.

Institucionalmente, a presença brasileira na BTL reconhece isto e confirma com a sua presença massiva uma estratégia clara: o Brasil quer a ajuda de Portugal para se posicionar como um destino de futuro. Não apenas como um país de praias e carnaval, mas sim uma potência turística sustentável, inovadora e culturalmente vibrante, onde o turismo é um dos seus motores de transformação.