Uma sondagem realizada no Brasil revela que a maioria dos inquiridos apoia as ações de Lula contra Donald Trump, depois das ameaças de imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras.
Mais de 50% dos inquiridos numa sondagem realizada para a “Bloomberg” consideram que as ações do presidente norte-americano são um ataque à soberania do Brasil, depois de Trump ter relacionado a decisão com as ações legais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e contra tecnológicas americanas.
Lula da Silva garantiu que o Brasil não será “tutelado” por ninguém depois das ameaças feitas por Donald Trump a 9 de julho, assegurando que o país vai retaliar, se vierem a ser aplicadas tarifas.
Dos inquiridos, 45% consideraram a reação apropriada, 27% consideraram que foi agressiva e 25% consideraram-na fraca.
Mais de metade dos inquiridos (51%) defendem a aplicação de tarifas retaliatórias, com 29% a defenderem que o país deve reforçar laços com a China, rival dos Estados Unidos (EUA).
A taxa de desaprovação de Lula recuou em julho para os 50% dos 52% registados em junho. Já a sua taxa de aprovação subiu de 47% para 50%.
Questionados sobre a política externa de Lula da Silva, mais de 60% dos inquiridos aprovam-na, um disparo face aos 50% registados em novembro de 2023.
Comparando a prestação internacional de Lula face à de Bolsonaro, 61% dos inquiridos aprovam Lula face aos 51% anteriores.
Já 48% acreditam que Lula vai conseguir negociar um acordo com os EUA.
Jair Bolsonaro vai enfrentar julgamento perante o Supremo Tribunal Federal por alegado envolvimento na tentativa de golpe de Estado em Brasília em janeiro de 2023.
As autoridades brasileiras também acusam-no de alegadamente ter conspirado para assassinar Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
O inquérito também revela que a imagem do presidente dos EUA tem vindo a degradar-se no Brasil, com 63% a considerarem-na negativa, face aos 47% no final de 2023. A sua taxa de aprovação afundou de 48% para 32%.
Já a imagem dos EUA caiu no Brasil, com 50% dos inquiridos a terem uma visão negativa do país.
Por sua vez, 49% dos inquiridos consideram que as tarifas, se avançarem em agosto, vão ter um impacto significativo na economia brasileira, com 70% a esperarem que a inflação venha a subir.
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