A Brisa Concessão Rodoviária (BCR) registou um crescimento de 22,6% nos resultados líquidos apresentados em 2019, que ascenderam a 204,5 milhões de euros, contra 166,8 milhões de euros obtidos no ano anterior, referiu a empresa em comunicado divulgado pela CMVM.
Nos indicadores de atividade, a BCR reportou que em 2019 o “crescimento do tráfego se manteve sólido, com aumento de 3,7% suportado pelo crescimento orgânico” da sua operação. O EBITDA “atingiu 519,9 milhões de euros (mais 7,9% que no ano anterior, que se ficou pelos 482 milhões de euros) e a margem EBITDA de 79,5% foi suportada pelo forte aumento das receitas operacionais e pelo decréscimo dos custos operacionais”, adiantou a Brisa.
Os “custos financeiros diminuíram 8,9%, devido ao decréscimo de 14% dos juros suportados”, esclareceu a empresa, informando que o “Custo Médio Ponderado da Dívida (CMPD) decresceu 0,2 pontos percentuais (situando-se nos 2,1%), continuando a sua trajetória de descida”.
A BCR referiu que no ano passado a gestão financeira prudente e a forte posição de liquidez (com 232 milhões de euros em cash e 400 milhões de euros em linhas com garantia de subscrição) e um baixo risco de refinanciamento, atendendo ao perfil de maturidades de dívida pouco concentrado, uma margem significativa para níveis de lock-up e um sólido rating de investment grade com notação A- (outlook estável) atribuída pela Fitch e de Baa2 (outlook positivo) atribuído pela agência Moody’s.
Como guidance, a BCR destaca uma estimativa para 2020 com receitas de portagem a crescerem 3%, um OPEX (Operational Expenditure, ou capital aplicado na manutenção do equipamento) em linha com a inflação e um cash-flow de aproximadamente 460 milhões de euros.
Os proveitos operacionais da BCR cresceram 6,1% em 2019, atingindo os 653,8 milhões de euros (contra 616,2 milhões de euros em 2018), os custos operacionais foram reduzidos em 0,3%, baixando para os 133,9 milhões de euros (contra 134,2 milhões de euros em 2018). O resultado antes de imposto aumentou 23,1%, passando de 240,1 milhões de euros em 2018 para os 295,6 milhões de euros em 2019.
Segundo a empresa, o exercício de 2019 da BCR foi marcado pelo “aumento da rentabilidade, suportada pelo forte desempenho dos proveitos, controlo dos custos e menores custos financeiros”. A dívida líquida foi reduzida em 5,5% entre 2017 (com 1,98 mil milhões de euros) e 2019 (com 1,74 mil milhões de euros). A dívida bruta ascendeu a 1,97 mil milhões de euros, cabendo 22% ao Banco Europeu de Investimento (BEI) e 6% em obrigações e 72% em outros tipos de dívida. Em 2020 a BCR prevê reembolsar 39 milhões de euros ao BEI e 50 milhões de euros em obrigações, deixando para 2021 o reembolso de 300 milhões de euros em obrigações e igualmente 39 milhões de euros ao BEI.
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