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BRP diz que redução da TSU é crucial para o futuro da economia nacional

Carlos Moreira da Silva, presidente da Associação Business Roundtable Portugal (BRP), afirma que “o país está há demasiado tempo sujeito a um verdadeiro ‘garrote fiscal’, que sufoca a capacidade de investimento das empresas, a criação de emprego e o aumento dos salários”.
Orçamento Carlos Moreira da Silva Associação BRP Business Rountable
28 Janeiro 2025, 16h09

Num contexto em que Portugal enfrenta sérios desafios estruturais, como a sustentabilidade da Segurança Social e a competitividade empresarial, o debate sobre a Taxa Social Única (TSU) torna-se cada vez mais urgente.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) sublinha a necessidade de medidas que estimulem o crescimento económico, rejeitando qualquer aumento da TSU e defendendo a sua redução como uma estratégia essencial para revitalizar o país.

Carlos Moreira da Silva, presidente do BRP, afirma que “o país está há demasiado tempo sujeito a um verdadeiro ‘garrote fiscal’, que sufoca a capacidade de investimento das empresas, a criação de emprego e o aumento dos salários”.

Para a associação, um eventual aumento da TSU “seria devastador, afastando-nos ainda mais do crescimento económico, que é a única solução sustentável para os desafios da Segurança Social.”

Os dados da ferramenta Comparar para Crescer revelam que a carga fiscal em Portugal é uma das mais elevadas da OCDE, com uma Tax Wedge de 42,3% para trabalhadores solteiros sem filhos, cerca de 30% acima da média da organização.

Esta alta carga penaliza tanto empregadores quanto empregados, dificultando a atração e retenção de talento, especialmente num cenário marcado pelo êxodo de jovens para o estrangeiro, de acordo com a associação.

A TSU, que já é considerada um entrave à competitividade, representa um encargo significativo para as empresas. A BRP defende que a sua redução para níveis semelhantes aos de outros países não comprometerá a sustentabilidade da Segurança Social, mas sim aumentará a base contributiva, impulsionando a economia.

A recente criação de um grupo de trabalho pelo Governo para analisar a redução da TSU é um passo positivo, mas a BRP alerta que isso deve ser acompanhado de medidas concretas e de determinação política. Qualquer ideia de aumento da TSU, segundo a associação, apenas agravará os problemas económicos e sociais que o país enfrenta.

Por fim, a BRP reafirma a sua disponibilidade para colaborar na procura de soluções que garantam o futuro da Segurança Social, sempre em linha com a promoção da competitividade das empresas e do crescimento económico.

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