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Bruxelas está mais otimista para Portugal do que FMI devido a alterações na curva epidémica

Comissário para os assuntos económicos explicou que quando os técnicos de Bruxelas analisaram os dados “era já claro em vários Estados-membros que o pico já tinha sido atingido e a curva mudou”.
6 Maio 2020, 12h53

A Comissão Europeia explica que o ligeiro optimismo sobre o desempenho da economia portuguesa face às projeções divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) resulta essencialmente das alterações na curva epidémica que ocorreu na maioria dos países europeus no interregno entre as duas publicações.

Bruxelas projecta um tombo da economia nacional de 6,8% este ano, antes de recuperar para um crescimento de 5,8% em 2021. Nas projeções de Primavera, divulgadas esta quarta-feira, o executivo comunitário calcula o impacto que a pandemia do novo coronavírus tem na economia portuguesa, vendo o PIB nacional a contrair ligeiramente menos do que a média da zona euro e do que a contração de 8% estimada pelo FMI para este ano.

Questionado sobre esta diferença, o comissário para os assuntos económicos, Paolo Gentiloni, disse que “as projeções do FMI ocorreram anteriormente às da Comissão”.

“Isso traz diferentes conclusões para vários países, também porque quando cortámos os dados, a 23 de abril, a situação da curva epidémica era mais clara do que quando o FMI fez as suas projeções”, frisou o responsável europeu, em conferência de imprensa, esta quarta-feira.

O italiano explicou que quando os técnicos de Bruxelas analisaram os dados “era já claro em vários Estados-membros que o pico já tinha sido atingido e a curva mudou”, o que “permitiu-nos fazer diferentes projeções”, baseado num cenário de gradual desconfinamento.

No entanto, notou que apesar da projeções de Bruxelas ser “mais otimista do que a do FMI” é “mais pessimista” do que a do Banco de Portugal, quer no cenário base, quer no cenário adverso. Em março, o regulador estimava num cenário base uma redução de 3,7% do PIB este ano e de 5,7% num cenário adverso.

“Estamos no meio”, realçou Paolo Gentiloni.

https://jornaleconomico.pt/noticias/bruxelas-ve-pib-portugues-a-contrair-68-este-ano-com-dependencia-do-turismo-estrangeiro-a-pesar-584949

 

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