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Bruxelas melhora previsões sobre Portugal: défice fica em 0,1% e economia cresce 2% este ano

Comissão Europeia divulgou hoje previsões económicas e indica que o crescimento no primeiro semestre “superou as expectativas”. Mas projeção de desaceleração do PIB no próximo ano mantém-se.
7 Novembro 2019, 10h00

A Comissão Europeia melhorou esta quinta-feira as previsões económicas para o desempenho de Portugal este ano. Bruxelas espera que o défice orçamental fique em 0,1%, face aos 0,4% antecipados em maio, e que o PIB cresça 2%, quando a anterior previsão era de 1,7%.

Nas previsões de outono publicadas hoje, a Comissão alinha assim as previsões com o Governo português , que no esboço orçamental enviado a Bruxelas em outubro previu um défice de 0,1% e um crescimento de 1,9% este ano.

“O crescimento económico superou as expectativas no primeiro semestre de 2019, apesar do fraco ambiente externo”, refere o relatório da Comissão, acrescentando que o desempenho nos dois primeiros trimestres do ano criaram “ uma perspectiva mais favorável para o ano inteiro”.

No próximo ano e em 2021, a Comissão Europeia prevê que o país desacelere para 1,7%. Segundo Bruxelas, a moderação do crescimento no próximo ano “ainda parece provável”, embora comece agora de uma base mais alta, “tendo em conta a recente fraqueza nos indicadores de alta frequência e uma maior deterioração da procura externa”.

Nas contas públicas, o relatório destaca que o desempenho este ano é “ajudado por receitas cíclicas ainda dinâmicas”, com diminuição das despesas com juros e um investimento público abaixo do orçamento. No entanto, a Comissão destaca o impacto negativo de uma nova ativação do mecanismo de capital contingente do Novo Banco (0,6% do PIB). Excluindo esta e outras medidas pontuais, o saldo do governo atingiria um superávit de 0,5% do PIB.

Na ausência de informação detalhadamente sobre o Orçamento do Estado que ainda está a ser desenhado pelo Governo, antecipa que o saldo orçamental deverá ser nulo (0%) em 2020 e haja um superávite orçamental de 0,6%.

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