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Bruxelas quer mais supercomputadores e pede aos Estados-membros uma abordagem comum para implementar 5G

A Comissão Europeia propôs esta sexta-feira um novo regulamento sobre a supercomputação, com um orçamento de 8 mil milhões de euros, para reforçar as infraestruturas e a conectividade dos 27 países a redes de alta velocidade.
18 Setembro 2020, 18h20

A Comissão Europeia tomou esta sexta-feira novas medidas de âmbito digital, desafiando os Estados-membros a reforçarem conectividade a redes de alta velocidade e a desenvolverem uma abordagem comum para implantação da rede móvel de quinta geração (5G).

Bruxelas quer os conceitos de “supercomputação” e “computação quântica” entrem na agenda dos 27 países para que o papel da Europa nestes campos seja reforçado, pelo que propôs um novo regulamento para capacitar as infraestruturas destas redes ultrarrápidas com um orçamento de 8 mil milhões de euros na próxima geração de supercomputadores – apoiado pelos programas Horizonte Europa, Europa Digital e Mecanismo Interligar a Europa.

O executivo comunitário acredita que estas ferramentas – desde a análise de megadados, inteligência artificial, tecnologias na cloud à cibersegurança – serão importantes na recuperação económica da União Europeia e quer, assim, auxiliar a investigação e a inovação nas tecnologias de vanguarda.

“Os supercomputadores já são utilizados para procurar terapias, reconhecer e prever a propagação da infeção e apoiar a tomada de decisões sobre medidas de confinamento. Os dados, em combinação com a inteligência artificial e os supercomputadores, são também um ativo importante na deteção dos padrões dos ecossistemas, ajudando a atenuar as alterações climáticas e a trabalhar em soluções para evitar catástrofes e combater as alterações climáticas”, afirma Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia tem objetivos claros: ter supercomputadores capazes de realizar mais de um trilião (1018) de operações por segundo e computadores quânticos e computadores híbridos, que combinam elementos de computação quântica e clássica, capazes de realizar operações que nenhum supercomputador consegue executar atualmente, segundo a informação divulgada hoje pela instituição.~

“A manutenção na corrida tecnológica internacional é uma prioridade e a Europa possui tanto as competências como a vontade política para desempenhar um papel de liderança. O nosso objetivo é chegar rapidamente ao próximo nível de computação com os computadores à exaescala, mas também, acima de tudo, integrar os aceleradores quânticos para desenvolver máquinas híbridas e posicionar a Europa bastante cedo nesta tecnologia revolucionária”, garante o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, em comunicado.

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