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Bruxelas vai impor tarifas até 38% aos carros elétricos chineses

Pequim já avisou que vai tomar “todas as medidas necessárias” para salvaguardar direitos. Indústria europeia pode ser alvo de retaliação no mercado chinês.
12 Junho 2024, 12h37

A Comissão Europeia vai impor tarifas até 38% sobre os carros elétricos chineses, um valor que fica acima do avançado pelo “Financial Times” esta manhã.

“Quando os nossos parceiros quebram as regras, vamos defender os nossos direitos”, disse hoje o responsável de Bruxelas pelo comércio, Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia argumenta que os produtores chineses recebem subsídios do Estado o que lhes permite obter uma vantagem competitiva. Por outro lado, a China é o maior mercado automóvel mundial e Pequim pode colocar entraves à importação de veículos europeus.

Há menos de um mês, os Estados Unidos anunciaram uma subida das tarifas para 100% sobre os veículos elétricos chineses.

A medida também afeta empresas estrangeiras que fabricam carros na China e enviam-nos para a Europa, como a Tesla.

Por sua vez, as empresas chinesas começam a montar fábricas na Europa, como a BYD que tem uma fábrica planeada para a Hungria.

“Esta investigação anti-subsídios é um caso típico de protecionismo”, começou por dizer Lin Jian, porta-voz dos Negócios Estrangeiros chineses. A imposição de tarifas “viola os principios da economia de mercado e as regras do comércio internacional, prejudica a cooperação económica e comercial e a estabilidade da produção automóvel global e cadeia de abastecimento. E vai minar os próprios interesses da Europa”.

“Apelamos à UE para cumprir o seu compromisso de apoiar o comércio livre e opor-se ao protecionismo e para trabalhar com a China para avaliar a relação económica e comrcial. A China vai tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os seus direitos legítimos e interesses”, afirmou, citado pela “Reuters”.

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