O Ministério de Pedro Siza Vieira está a preparar a estratégia de transformação digital para o país. A estratégia assenta em três pilares: pessoas, empresas e Administração pública, mas é nas pessoas que está o maior desafio. “Se as pessoas não estiverem mobilizadas não conseguiremos”, alertou o ministro de Estado, Economia e Transformação Digital.
O ministro, que falava no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, no âmbito da iniciativa Building the Future da Microsoft, lembrou que Portugal está bem classificado no Índice de Inovação, sobretudo das PME e soma boas classificações nas infraestruturas e nos serviços digitais, mas perde na literacia digital, entre outros. Por exemplo, 23% da população nunca utilizou internet e uma percentagem muito superior a essa utiliza-a apenas esporadicamente.
Se Portugal quer aproveitar a transformação digital como motor de desenvolvimento inclusivo, aproveitar as novas tecnologias para progredir como sociedade, o esforço tem de ser muito superior, afirmou Pedro Siza Vieira.
Na área da educação, por exemplo, são vários os desafios. “Há que transformar a escola e levar a tecnologia para a sala de aula e para os métodos de trabalho”, salientou.
No ensino superior, salientou, são já cerca de 50% os jovens na casa dos 20 anos que o frequentam, mas de fora fica a outra metade e uma economia digital não se cria prescindindo de metade das pessoas. O caminho chama-se requalificação. Nas tecnologias de informação e comunicação, a meta de Portugal aponta a ter 8% da força de trabalho nesta área em 2030. Como? “Temos que trabalhar com as empresas no sentido de as requalificar”, adianta o ministro.
Nesse sentido, Pedro Siza Vieira deixa algumas pistas: Tem que passar a ser possível que uma pessoa possa deixar o emprego atual e receber apoio para se requalificar e a seguir para um emprego mais qualificado e melhor remunerado.
“Só, assim, construiremos uma sociedade desenvolvida, inclusiva que ofereça a todos a oportunidade de encontrar um emprego à altura das suas ambições. A transformação digital é o meio para a acelerar isso”. Caso contrário, Portugal ficará no mundo como aquela aldeia recôndita de Trás-os-Montes onde os netos veem passar férias, i.e., fora do primeiro mundo.
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