Os sócios do FC Barcelona votaram a favor da parceria do conselho de administração com a Goldman Sachs, um acordo de 1,5 mil milhões de euros para o arranque do projecto ‘Espai Barça’. Pela primeira vez na história do clube realizou-se um referendo onde 88% dos sócios deram luz verde à renovação do mítico estádio Camp Nou, bem como da zona envolvente, num projeto que permitirá dinamizar a atividade do emblema na capital catalã, avança o portal “Palco 23”.
“Tem sido um sucesso para os torcedores do Barcelona”, ponderou Joan Laporta sobre a votação, que teve uma participação de 44,2% dos torcedores.
Prevê-se que, dos 1,5 mil milhões de euros, a maior parte do investimento recaia no novo Camp Nou, cuja soma ascenderá a 900 milhões de euros e que aumentará a sua capacidade para 105 mil espectadores.
Outros 420 milhões de euros serão investidos no novo Palau Blaugrana, o pavilhão do clube, onde poderão ser realizados eventos de todos os tipos, como concertos ou espetáculos.
Haverá ainda uma rubrica de 100 milhões de euros em despesas de urbanização e outros 60 milhões de euros em investimentos metropolitanos, para além dos 20 milhões de euros que o Estadi Johan Cruyff, campo de treinos, custou.
O financiamento terá de ser pago em 35 anos, sendo os primeiros cinco anos de carência. Conforme explica o clube, o investimento será financiado com a receita adicional gerada pelas novas instalações, que preveem ser de 200 milhões brutos por ano.
Inicialmente, as obras devem começar no final da atual temporada. De acordo com o calendário previsto, a inauguração deverá ocorrer no último trimestre de 2025. Antes disso, a entidade barça pretende vender os ‘naming rights‘ do Camp Nou por um valor de cerca de 200 milhões de euros num prazo máximo de dez anos, para garantir rentabilidade extra.
Por outro lado, um resultado favorável para o projeto Espai Barça implica que, durante a segunda temporada dos trabalhos, o clube catalão não poderá jogar os seus jogos no Camp Nou devido às obras no recinto. A entidade prevê perdas de 400 milhões de euros em bilheteira, embora o Barça esteja a considerar diferentes locais para jogar os seus jogos, sendo o Estádio Olímpico Lluís Companys uma das opções.
Um terço dos 200 milhões de euros de receita anual adicional que o FC Barcelona espera gerar serão usados para pagar ao Goldman Sachs. O restante será utilizado para encher os cofres dos negócios normais da entidade.
O clube encerrou o exercício de 2020/21 com perdas de 481 milhões de euros, face aos números negativos de 97 milhões de euros da época 2019/20, e prevê regressar aos números negativos no corrente ano, nomeadamente cinco milhões de euros em perdas.
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