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Candidatura “Valorizar o Montepio” diz que “é possível inverter o rumo de desvalorização contínua dos ativos”

Está marcada para dia 30 a reunião extraordinária da Assembleia Geral de Associados para a apreciação das Contas Consolidadas de 2020. Pelo que a candidatura Valorizar o Montepio “apela à participação e à votação favorável, apenas e exclusivamente por lealdade institucional de modo a não bloquear o normal funcionamento da Associação Mutualista Montepio, o que consequentemente prejudicaria todos os Associados”.
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Cristina Bernardo
29 Setembro 2021, 21h22

“As contas consolidadas do Grupo Associação Mutualista Montepio, respeitantes ao ano de 2020, apresentam resultados líquidos negativos de 86 milhões de euros e estes resultados espelham a reiterada incapacidade da administração vigente para procurar vias de valorização dos ativos da Associação”, diz em comunicado a candidatura “Valorizar o Montepio”, conhecida como “lista dos quadros”, e que é liderada por Pedro Gouveia Alves.

“Os Capitais Próprios do Grupo Associação Mutualista, atribuíveis aos associados, caíram praticamente 100 milhões de euros (de 182 para 84 milhões de euros), cuja origem está nos seguintes contributos individuais, a própria Associação, que caiu 33 milhões de euros; o Banco Montepio, que caiu 124 milhões de euros; a Holding de Seguros, Montepio Seguros, que engloba a Lusitania, Lusitania Vida e Futuro, viu o seu Capital Próprio crescer em 40 milhões de euros, devido a valorizações de efeito não recorrente”, refere a lista que se assume como alternativa à atual liderança da Associação que é dona do Banco Montepio.

O Banco Montepio representa 86% do total do Ativo da Associação Mutualista, sendo os principais restantes compostos pelas Seguradoras, Gestoras de Ativos, Residências Montepio, Carteiras de Títulos e Imóveis.

“Desde 2018, ano em que Virgílio Lima e Tomás Correia foram reconduzidos em novo mandato, os Capitais Próprios da Associação Mutualista Montepio caíram praticamente 160 milhões de euros (de 243 para os agora apresentados 84 milhões de euros). É possível inverter esta situação”, diz a candidatura de Pedro Gouveia Alves.

“A candidatura ‘Valorizar o Montepio’, como o nome indica, está empenhada na valorização do património dos Associados”, asseguram.

“É possível inverter este rumo de desvalorização contínua dos ativos da Associação Mutualista com medidas concretas, de que se evidenciam apenas algumas das que farão parte do programa da candidatura Valorizar o Montepio”, garante a lista conhecida como “lista dos quadros”. Para tal, dizem, “será necessário que, no legítimo papel de acionista, sejam emitidas orientações claras às respetivas equipas de gestão das empresas participadas no sentido de rever a Estratégia das principais empresas do Grupo (Banco e Seguradoras) de modo a que a sua atividade sirva os interesses e expectativas dos Associados nos segmentos de Famílias, Empresários em Nome Individual e Pequenos Negócios, PME e Entidades da Economia Social; resolver definitivamente o tema dos Ativos Improdutivos do Banco, que tanto penalizam os resultados, separando a atividade bancária central corrente, do legado, especializando os esforços de financiamento e recuperação do legado, e de claro fomento da atividade de desintermediação, originadora de proveitos; incrementar a atividade de venda cruzada de produtos e serviços do Grupo, uma vez que se apresenta com o pior desempenho do mercado quando comparado com os principais concorrentes da atividade Bancária e Seguradora; definir uma política clara e medidas concretas de valorização de imóveis que a Associação Mutualista possui em carteira”.

Está marcada para dia 30 a reunião extraordinária da Assembleia Geral de Associados, para a apreciação das Contas Consolidadas de 2020. Pelo que a candidatura “Valorizar o Montepio” apela à participação e à votação favorável, “apenas e exclusivamente por lealdade institucional de modo a não bloquear o normal funcionamento da Associação Mutualista Montepio, o que consequentemente prejudicaria todos os Associados”.

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