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CAP quer PS, PSD e CDS a discutir futuro da agricultura em Portugal

Em época de pré-campanha eleitoral, a CAP mostra-se preocupada com a ausência de referências à agricultura e às florestas no discurso político, mas só convidou para o debate representantes do PS, PSD e CDS..
  • HO/Reuters
5 Setembro 2019, 07h42

A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal está preocupada com “a ausência de referências ao setor agrícola em período de pré-campanha eleitoral”, de acordo com um comunicado da organização.

Para solucionar esse problema, a confederação de agricultores liderada por Eduardo Oliveira e Sousa convidou os representantres do PS, PSD e CDS para debaterem com a direção da CAP, esta quinta-feira, dia 5 de setembro, a partir das 15 horas, as medidas prioritárias para a agricultura no próximo ciclo governativo.

“O setor tem de ser um dos temas centrais desta campanha”, defendem os responsáveis da CAP, em comunicado.

No entanto, aparentemente, partidos como o PCP, Bloco de Esquerda, PEV – Os Verdes ou PAN não foram convidados para esta iniciativa.

“Esta quinta-feira, dia 5 de setembro, a partir das 15 horas, a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal recebe nas suas instalações representantes do PS, PSD e CDS, que irão dar a conhecer as principais medidas dedicadas ao setor agrícola que constam nos respetivos programas eleitorais para as legislativas, cujas eleições estão marcadas para o próximo dia 6 de outubro”, anuncia o referido comunicado.

O mesmo documento sublinha que, “em época de pré-campanha eleitoral, a CAP mostra-se preocupada com a ausência de referências à agricultura e às florestas no discurso político”.

O convite endereçado pela confederação aos citados três partidos para para participarem no debate ‘A Agricultura e as Legislativas de 2019’ será, assim, “uma forma de conhecer a visão que cada um deles tem para a agricultura nacional no próximo ciclo governativo”.

“Os agricultores portugueses precisam de saber se a agricultura está na lista de temas prioritários destes partidos candidatos a formar Governo. Preocupa-nos que em pleno debate eleitoral para um mandato que, entre outras prioridades, tem de negociar a Política Agrícola Comum pós-2020 e garantir condições de investimento num setor que vale entre 16% e 20% do PIB [Produto Interno Bruto] nacional, não se estejam a discutir medidas que promovam o crescimento, a sustentabilidade e a eficiência desta atividade económica”, alerta Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP.

A CAP adianta que Luís Vieira, atual secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, será o representante do PS nesta reunião de hoje, enquanto os deputados António Lima Costa e Patrícia Fonseca, ambos da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, serão os porta-vozes do PSD e do CDS, respetivamente.

“Num contexto inédito, em que há mais projetos agrícolas candidatados do que verbas para os financiar, os agricultores querem conhecer quais as medidas que os partidos irão tomar para assegurar que a agricultura portuguesa continuará no caminho da modernização e do crescimento da sua capacidade produtiva”, destaca o referido comunicado da CAP.

Eduardo Oliveira e Sousa lembra que “o setor agroalimentar já vale 12% (7,15 mil milhões de euros) das exportações nacionais, tendo sido um dos principais responsáveis pela retoma económica e criação de riqueza no país nos últimos anos, pelo que não pode ser afastado da agenda política”.

Nesse sentido, o presidente da CAP defende que o setor da agricultura “tem de ser um dos temas centrais desta campanha”.

“Entristece-nos que, até agora, nenhuma medida para o setor esteja a ser discutida pelos líderes dos partidos. Pior, que não haja uma visão concreta para o futuro da agricultura portuguesa”, lamenta Eduardo Oliveira e Sousa.

O debate organizado pela CAP decorrerá no auditório da confederação, em Benfica, Lisboa, a partir das 15 horas de hoje, contando, além da participação dos referidos representantes dos três partidos políticos convidados para o evento, com as intervenções de Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, e de Luís Mira, respetivo secretário-geral.

 

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