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Carlos Costa contraria Mário Centeno e acredita que Governo vai evitar o défice

Para Carlos Costa, esta é uma expectativa mas também uma convicção. Em entrevista à Antena 1, o antigo governador mostra desacordo com Mário Centeno. Recorde-se que no final do ano passado, o BdP previu que as contas públicas possam voltar a um resultado deficitário em 2025.
Às 22h45 de domingo, 3 de Agosto de 2014, o então Governador do BdP, Carlos Costa, anunciou a resolução que ditou o fim do Banco Espírito Santo. “O Conselho de Administração do Banco de Portugal deliberou hoje aplicar ao Banco Espírito Santo SA uma Medida de Resolução. A generalidade da atividade e do património do BES é transferida para um banco novo denominado de Novo Banco devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, fica para a história como o discurso que decreta o fim do BES.
29 Janeiro 2025, 10h36

Portugal deverá conseguir evitar o défice num futuro próximo apesar da estimativa do Banco de Portugal e do atual governador da instituição, Mário Centeno. A convicção é de Carlos Costa, antigo governador do banco central português, em entrevista ao programa “Ponto Central”, da Antena 1.

Para Carlos Costa, esta é uma expectativa mas também uma convicção. Desta forma, o antigo governador mostra desacordo com Mário Centeno. Recorde-se que no final do ano passado, o BdP previu que as contas públicas possam voltar a um resultado deficitário em 2025, de -0,1% do PIB, uma previsão que contraria a expectativa do Governo no OE2025 que antecipa um excedente de 0,3% do PIB.

Na altura, Mário Centeno definiu os riscos para a economia como “descendentes” e afirmou a necessidade de “haver uma reorientação da política orçamental” para “se ter mais cautela com a evolução da despesa pública”.

Um dos trunfos para que Portugal evite o défice preconizado pelo BdP, no entender de Carlos Costa, passa por uma reforma na administração pública: “Há uma reforma que está por fazer que o aumento da eficiência da administração pública de forma a poder fornecer os bens públicos a um custo menor. Há tarefas que vão ter que ser repensadas tendo em conta o surgimento de inovações como a Inteligência Artificial”, referiu o governador sobre a reforma da administração pública.

 

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