Carlos Moedas afasta qualquer cenário de uma candidatura à liderança do partido no futuro, admitindo, numa entrevista ao jornal espanhol “ABC” que não tem planos nesse sentido.
“É muito positivo que haja pessoas que regressaram ao PSD, notamo-lo na coligação Novos Tempos”, respondeu quando confrontado com o facto de a sua popularidade ser atualmente superior à de Rui Rio entre os eleitores do partido e questionado sobre se isso não lhe causa uma certa vertigem política.
“A minha energia e a minha missão estão em Lisboa. Vou concentrar-me na cidade”, garantiu o presidente eleito, concluindo: “Vim de Bruxelas e penso que posso usar os meus contactos europeus. Por isso, gostaria de canalizar essa notoriedade a favor de Lisboa”, frisou, afastando, também, a hipótese de ser considerado como “o símbolo de um novo PSD”.
“Não sei, mas o que sou é o símbolo de uma nova forma de fazer política, de uma forma diferente”, respondeu.
O candidato que ganhou as eleições à Câmara Municipal de Lisboa, no passado dia 26 de setembro — feito que a própria publicação o descreve com “um estilo refinado e contemporâneo” — toma posse esta segunda-feira, 18 de outubro, pelas 17h na Praça do Município. Questionado sobre se foi apanhado de surpresa com a vitória, Moedas garantiu que não, apesar de nenhuma sondagem prever a sua eleição.
“Apercebi-me que isso aconteceria quando me propus a falar num comício para 700 pessoas, com uma base muito forte de jovens, do tipo que costumava dizer: ‘Perdi a fé na política’. Vi que não havia câmaras, mas as pessoas estavam lá. Então eu tinha as provas [de que ia conseguir]”, explicou o ex-comissário europeu.
Sobre o apoio expresso de Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidad de Madrid, Carlos Moedas mostrou-se encantado por o ter, e acrescentou imediatamente: “Mas também me dizem que tenho algo de Martínez-Almeida. Penso que o presidente da câmara de uma grande cidade tem de ser cada vez mais internacional, e é aí que me encaixo porque o meu perfil realça o facto de ter trabalhado na Europa”.
À última questão sobre como vê uma eventual candidatura de Passos Coelho à Presidência da República, o novo presidente da CML foi elogioso: “Tem sido, e é, um homem incrível, que teve uma grande influência no PSD e na política portuguesa em geral”.
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