Carlos Tavares recebeu mais de 30 milhões de euros da Stellantis em 2024.
O valor inclui 23 milhões de euros em salários e prémios e 12 milhões de euros de indemnização pela sua saída da empresa na reta final do ano.
O gestor português recebeu os habituais dois milhões de euros de salário, com o valor dos prémios a atingir os 20,5 milhões de euros, mais 500 mil euros para a reforma.
O valor fica abaixo dos 36,5 milhões de euros recebidos pelo gestor em 2023, um valor entre os mais elevados do setor.
A queda nos lucros da empresa levou a que tenha recebido menos em prémios no ano de 2024, segundo o “Financial Times”.
Entre a compensação pela saída da empresa, estão incluídos dois milhões de euros conforme a legislação em vigor nos Países Baixos, onde a empresa está sediada, mais 10 milhões em pagamentos relacionados com a performance de longo prazo e 800 mil ações que valiam quase 10 milhões ao preço desta manhã. As ações serão recebidas em janeiro do próximo ano.
O gestor não conseguiu atingir a meta para receber 10 milhões extra e também perdeu o direito a receber mais 1,2 milhões de ações.
O gestor e a sua administração executiva também falharam em receber um bónus anual pela queda da performance da empresa.
Carlos Tavares deixou a empresa na reta final de 2021 depois de ter embatido com John Elkann, atual CEO interino e acionista, sendo membro da família italiana que criou a Fiat que chegou a ser uma das maiores empresas industriais de Itália no séc. XX: os Agnelli de Turim, Piemonte.
Uma das causas para o divórcio foram os problemas no importante mercado norte-americano para a empresa, que detém várias marcas dos Estados Unidos (EUA) no seu portefólio.
A Stellantis viu os lucros a afundarem 70% para mais de 5,5 mil milhões em 2024, com o volume de negócios a recuar 17% para 157 mil milhões de euros, com 5,5 milhões de unidades vendidas, menos 13% face a 2023.
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