Com a chegada do mês de abril, esta segunda-feira (dia das mentiras), passará a ser possível carregar carros elétricos em locais mais cómodos e acessíveis como os centros comerciais. Uma medida que vem facilitar a vida para aqueles que trocaram a gasolina e o gasóleo para a eletricidade.
A MOBI.E – Mobilidade Elétrica, uma empresa pública que assegura a gestão dos fluxos energéticos e financeiros resultantes das operações de mobilidade elétrica, assinalou, em comunicado, que se inicia “uma nova fase da mobilidade elétrica”.
A partir de esta segunda-feira, os operadores de postos de carregamento vão passar a poder começar a cobrar pelos carregamentos de veículos elétricos com postos instalados em espaços privados.
No início de março, em entrevista à rádio Renascença, José Mendes, secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, disse que a partir do dia 1 abril, o mercado estaria “liberalizado nesse tipo de instalações”, que abrangem os espaços privados de acesso público, como os parques de estacionamento e, claro, os centros comerciais.
José Mendes revelou, na altura, que tinha recebido representantes de operadores de parques de estacionamento que aguardavam apenas esta possibilidade legal para entrar no mercado, numa altura em que a eletrificação rodoviária está a ganhar tração em Portugal.
Sobre os preços pedidos pelos carregamentos, José Mendes “acredita que, havendo concorrência de vários operadores de pontos de carregamento e de comercializadores de eletricidade para mobilidade elétrica, os preços resultantes, em determinado local e momento, são aqueles que são melhores e mais interessantes para as pessoas”.
Os automóveis elétricos têm vindo a ganhar tração no mercado nacional. Segundo os dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal, só nos dois primeiros meses de 2019 foram vendidos quase 30% dos carros elétricos de passageiros vendidos no acumulado do ano passado: entre janeiro e fevereiro deste ano, foram vendidos 1.172 carros elétricos de passageiros, o que compara com os 4.073 vendidos no ano passado.
O que muda para os utilizadores dos carros elétricos?
Os postos de carregamento rápidos passaram a ser pagos no dia 1 de novembro de 2018. E, a partir de hoje, “estão agora reunidas as condições para que possam iniciar os pagamentos em todos os postos (normais e rápidos) instalados em espaços privados”, explicou a MOBI.E.
Por enquanto, trata-se de uma “fase transitória”, dentro da qual os operadores de postos de carregamento não serão obrigados a cobrar pelo carregamento em postos localizados nos espaços privados de acesso público, podendo “optar por manter as condições atuais” de gratuitidade para os utilizadores de carros elétricos, lê-se na nota.
De resto sempre, sempre que o carregamento for cobrado, os operadores de postos de carregamento “irão indicar nos respectivos postos”, assim como “informar qual a sua taxa de operação”.
Esta informação poderá ainda ser consultada na página de internet da MOBI.E e ou na app.
Este regime tem outras aplicações?
Sim. Este regime vai aplicar-se aos postos instalados em espaços privados de acesso privado com instalações alimentados em baixa e ou média tensão.
Assim, nos casos dos condomínios, edifícios de escritórios ou outros espaços privados de acesso privado, “cuja instalação [dos postos] foi da responsabilidade de detentores de postos de carregamento, estes podem optar por ligar os postos à Rede Nacional de Mobilidade Elétrica” para garantir que os consumos nestes postos são pagos efetivamente pelos utilizadores de veículos elétricos e não pelos detentores do espaço, explicou a empresa pública.
Quem pode utilizar estes postos com carregamento cobrado?
Para utilizar os postos que se encontram a pagamento, terá de ser detentor de um cartão de acesso à rede de mobilidade elétrica emitidos por comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME), que dá acesso a todos os postos de carregamento da rede MOBI.E.
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