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Cartão de adepto para claques e auditorias aos estádios. Governo e Liga aprovam medidas para combater a violência no futebol

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, receberam esta segunda-feira o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença. Neste momento, mais de 60 adeptos estão proibídos de entrarem em recintos desportivos.
  • Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença
27 Janeiro 2020, 15h20

A criação do cartão adepto para claques e auditorias aos recintos desportivos para garantir a realização em segurança dos encontros de futebol, são algumas das medidas que vão entrar em vigor na próxima época em Portugal. As decisões resultaram de uma reunião entre o Ministro da Administração Interna (MAI) Eduardo Cabrita, e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo e o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, esta segunda-feira, 27 de janeiro.

Este encontro foi um pedido expresso de Pedro Proença após os aconcetimentos do último derby de Lisboa. Todas entidades assumiram o compromisso para que  “todos contribuam para um ambiente saudável e pacífico nos espetáculos desportivos”, refere o comunicado do MAI

Para cumprirem o novo Regime Jurídico da Segurança no Desporto, vão ser realizadas auditorias de segurança aos estádios da Primeira Liga, através da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), Forças de Segurança e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Após esta avaliação vão ser determinadas as alterações a introduzir nos estádios, de modo a permitir a realização de jogos na próxima época.

Além disso, serão ainda tomadas medidas adicionais de controlo do acesso do público aos jogos considerados de risco elevado. A entrada em vigor o cartão de adepto vai possibilitar a identificação de todos os adeptos que pretendam assistir a um espetáculo desportivo, nas zonas reservadas a adeptos que queiram ser portadores de materiais de claque (bandeiras, faixas, material sonoro, etc.).

Na reunião desta segunda-feira foi igualmente saudada a criação da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, uma entidade pública que se dedica estritamente às questões de âmbito desportivo e cujos resultados da ação são já uma evidência. Neste momento, mais de 60 adeptos foram alvo de decisão de interdição de acesso a recintos desportivos (as proibições de entrar em estádios, conhecidas como “banning orders”), três dezenas das quais já entraram efetivamente em vigor.

No comunicado, o Ministério da Administração Interna dá ainda conta de que “daqui a um mês terá lugar uma nova reunião com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, para avaliação da execução das decisões tomadas”.

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