A Greenvolt decidiu manter João Manso Neto enquanto CEO da energética, apesar do despacho de acusação deduzido no caso EDP/CMEC. A empresa informa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que recebeu a informação do Ministério Público, e que tomou a decisão de manter o gestor no cargo.
No comunicado emitido esta segunda-feira, lê-se que “o conselho de administração foi informado do despacho de acusação deduzido contra o Dr. João Manso Neto pelo Ministério Público e relacionado com o exercício de funções no grupo EDP vários anos antes de o Dr. João Manso Neto ter assumido quaisquer funções na Greenvolt”.
Por isso mesmo, e com base nas informações que recebeu, a administração da energética “deliberou não haver alteração quanto à função do Dr. João Manso Neto como CEO da Greenvolt”. Ainda assim, revelou que vai continuar a acompanhar a evolução do processo.
Lembrar que, na semana passada, o Ministério Público acusou João Manso Neto, ex-CEO da EDP Renováveis e atual CEO da Greenvolt, e António Mexia, então CEO da EDP, do “crime de corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político”. A investigação do caso EDP/CMEC teve início em 2012 e indicou ainda Manuel Pinho de corrupção passiva, então ministro da Economia, por ter aceite subornos.
O Ministério Público entende que o Estado teve um prejuízo superior a 840 milhões de euros – montante beneficiado pelo grupo EDP – e exige que a empresa devolva este valor de vantagens indevidas ao Estado.
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