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Catarina Martins admite que TSU dos empregadores colocou legislatura em risco

Catarina Martins discursava na sessão de encerramento da XI Convenção Nacional do BE, estando entre os convidados a secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro, Mariana Vieira da Silva.
  • Catarina Martins
11 Novembro 2018, 13h51

A coordenadora do BE admitiu hoje que, apesar dos “momentos difíceis”, só houve um “em que a legislatura esteve em risco”, que foi quando, em janeiro de 2017, o Governo tentou reduzir a Taxa Social Única (TSU) dos empregadores.

Catarina Martins discursava na sessão de encerramento da XI Convenção Nacional do BE, estando entre os convidados a secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro, Mariana Vieira da Silva.

“Tivemos até momentos difíceis nesta legislatura. Houve negociações prejudicadas por interesses económicos ilegítimos, houve desacordos sobre acordos, mas só houve um momento em que a legislatura esteve em risco: quando o Governo decidiu compensar os patrões pela subida do salário mínimo com uma redução da TSU, a contribuição da empresa para a segurança social”, admitiu.

Segundo a coordenadora do BE reconduzida no cargo nesta convenção, o acordo assinado em 2015 “com o Bloco impedia taxativamente essa medida, que prejudica a segurança social e reduz as pensões futuras”.

“E nós levamos muito a sério a nossa palavra. Queríamos e conseguimos o aumento do salário mínimo, mas não damos com uma mão para tirar com outra. É por isso mesmo que gostamos dos contratos assinados, e ainda bem que o Governo aceitou uma solução alternativa, manteve a TSU e aumentou o salário mínimo nacional”, assegurou.

Na opinião de Catarina Martins, foi conseguido “o impossível em muitas circunstâncias diferentes”, tendo o partido confirmado “que persistência, seriedade e razão podem e devem vencer”.

“Foi muito trabalho, fizemos o nosso trabalho”, sustentou.

Em janeiro de 2017, PSD, BE, PCP e PEV revogaram, no parlamento, o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros em 2017.

 

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