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CDS-PP acredita que “Governo falhou por omissão e por ação” na situação de Odemira

Francisco Rodrigues dos Santos recordou que algumas das condições de habitabilidade “já tinham sido denunciadas no passado como inaceitáveis”.
4 Maio 2021, 13h29

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, criticou esta terça-feira o Governo pela forma como atuou quando aos trabalhadores imigrantes de Odemira e considerou que o executivo de Costa “falhou por omissão e por ação”.

Em entrevista aos jornalistas, o líder centrista considerou que o “Governo falhou por omissão e falhou por ação”. “Onde é que esteve o Governo ?”, questionou Rodrigues dos Santos.

“O ministério da Solidariedade Social, a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] e até as autoridades locais na fiscalização das condições de habitabilidade e de trabalho de muitos destes trabalhadores, algumas delas já tinham sido denunciadas no passado como inaceitáveis”, frisou o centrista.

Na sexta-feira, 30 de abril, foi noticiado pela agência Lusa que um grupo de emigrantes vivia em condições precárias em Odemira, sujeita a uma cerca sanitária pela alta incidência de casos de Covid-19. Entretanto, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já apontou a existência de 32 inquéritos crimes sobre tráfico de pessoas e mão de obra ilegal.

Para o CDS-PP, o Governo falhou ainda “por ação porque transferiu para os privados a solução para esta situação, o que é de facto grave porque ocupou-lhes as casas e cerceou o direito à propriedade privada”. O comentário de Francisco Rodrigues dos Santos referia-se à requisição civil do Governo para utilizar a unidade hoteleira Zmar para a transferência de doentes.

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