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CDS-PP aprova prorrogação do Estado de Emergência, mas insiste em “choque de tesouraria”

Francisco Rodrigues dos Santos defende que “é imperioso achatarmos a curva de contágio, mas também a curva das insolvências e a curva do desemprego”. E faz reparos à resposta da Direção-Geral de Saúde à pandemia de Covid-19.
  • António Pedro Santos/Lusa
31 Março 2020, 15h32

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, indicou que o seu partido irá aprovar a prorrogação do Estado de Emergência, dizendo que “não podemos abrandar nem afrouxar as medidas de contingência”, mas colocou a ênfase das suas declarações à saída da segunda sessão de apresentação da “Situação Epidemiológica da Covid-19 em Portugal” na necessidade de “um choque de tesouraria” em que o Estado minore o impacto negativo da pandemia nas empresas e famílias portuguesas.

“É imperioso achatarmos a curva de contágio, mas também a curva das insolvências e a curva do desemprego”, disse o líder centrista, referindo-se à injeção de liquidez nas empresas como uma salvaguarda para evitar que a economia portuguesa “não entre numa estagnação profunda e numa crise sem precedentes”.

Entre as medidas defendidas pelo CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos destacou o alargamento do regime simplificado de lay-off aos sócios-gerentes de empresas, uma prestação social extraordinária para profissionais liberais e o ajustamento das tabelas de IRS no que toca à retenção da fonte. Isto porque, segundo o líder centrista, em 2019 “foram retidos indevidamente mais de três mil milhões de euros”, os quais permitirão minorar os problemas económicas de famílias afetadas pela crise económica. “Os  momentos de crise são as alturas próprias para a economia e o Estado serem aliados e não adversários”, disse.

Quanto à evolução da pandemia da Covid-19 em Portugal, o líder partidário fez reparos à resposta das autoridades de saúde, recordando que a Organização Mundial da Saúde recomenda “uma testagem massificada em todos os países”. E referindo que o CDS-PP tem vindo a solicitar que o boletim diário da Direção-Geral de Saúde seja “credível “, sem dar origem a duplicações ou sonegar números de infectados com o coronavírus, pois “só dessa forma a curva epidémica pode facultar uma interpretação correta e rigorosa”.

Defendendo que é necessário ter em conta os “três i” (identificar casos confirmados, isolar essas pessoas e impedir a escalada descontrolada de contágios), o presidente do CDS-PP apelou a que seja garantido equipamento de proteção nos hospitais e nos lares, para os quais diz ser necessário um plano de contingência para impedir uma “calamidade”.

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