O CDS-PP pediu esclarecimentos ao Governo sobre coletes balísticos fora de prazo do Corpo de Intervenção da PSP. Os equipamentos de proteção foram comprados novos pela PSP em 2006, há 12 anos, e desde então que as placas de cerâmica colocadas no interior dos coletes, e que devem ser substituídas a cada cinco anos para garantir uma proteção eficaz contra disparos, não voltaram a ser mudadas.
Numa pergunta que deu entrada no Parlamento, a 8 de março, os deputados centristas questionam o ministro da Administração Interna se confirma se estes equipamentos se encontram fora de prazo. Querem ainda saber junto de Eduardo Cabrita se prevê disponibilização de coletes balísticos novos às forças de segurança, em que prazo e quais as unidades que vão ser contempladas.
“Confirma V. Exa. que estes equipamentos se encontram fora de prazo?- Prevê V. Exa. a disponibilização de coletes balísticos novos às forças de segurança?”, questionam os deputados do CDS, Telmo Correia, Nuno Magalhães e Vânia dias da Silva.
Os centristas dão conta de notícias recentes que revelam que os elementos das forças de segurança com funções de reposição da ordem e de patrulhamento – designadamente, o Corpo de Intervenção da PSP -estão a trabalhar com coletes balísticos fora de prazo. Em causa está equipamento que não é renovado, salientando os deputados do CDS que “as respetivas características técnicas reclamariam a substituição das placas de cerâmica no interior do mesmo a cada cinco anos, para continuarem a garantir uma proteção eficaz”.
Os três deputados alertam ainda que a idade dos equipamentos e a falta de substituição das placas de cerâmica “geram apreensão nas forças de segurança e dificultam a realização das respetivas missões, dado que o colete balístico é obrigatório para qualquer missão de patrulhamento, nomeadamente de acordo com o regulamento de fardamento da PSP”.
Os centristas recordam ainda o Executivo que a última substituição de coletes balísticos ocorreu em 2012, quando estava em funções o Governo de Passos Coelho e o País estava em pleno resgate económico. “Portanto, com meios muito contidos; ainda assim, nessa ocasião, foram entregues 513 coletes balísticos novos à PSP, que ficou assim dotada de um conjunto de 5200 equipamentos deste tipo”, frisam.
A 25 de fevereiro, o Correio da Manhã noticiou que o efetivo do Corpo de Intervenção da PSP colocado no quartel desta unidade de elite da Polícia, na Calçada da Ajuda, Lisboa, está a trabalhar com coletes balísticos fora de prazo. São cerca de 300 elementos.
O CM deu conta que os equipamentos de proteção foram comprados novos pela PSP em 2006, há 12 anos, e desde então que as placas de cerâmica colocadas no interior dos coletes, e que devem ser substituídas a cada cinco anos para garantir uma proteção eficaz contra disparos, não voltaram a ser mudadas.
O Corpo de Intervenção é a única das cinco subunidades da Unidade Especial da PSP que trabalha fora da sede, em Belas, Sintra. Além de Lisboa, tem duas forças destacadas no Porto e Algarve, totalizando cerca de 800 agentes. O diário recordou ainda que são cada vez mais solicitados, em especial desde finais de 2015 com os atentados em França e o aumento da vigilância em Portugal. Além de patrulhamento desportivo e em eventos, os agentes têm sido chamados a locais de diversão noturno), terminais de transportes, embaixadas e zonas com turistas.
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