O grande mistério para Julião Sarmento sempre foi o corpo feminino. Nunca precisou de o verbalizar. Por razões várias, sendo a mais importante a sua parca tolerância às banalidades. Além desse mistério que plasmou em muitas das suas telas, o branco e preto em traços suaves é outra das suas idiossincrasias da obra de um inconformista que não se dava ao trabalho de a explicar. Mas foi condescendendo aqui e ali, e deixando algumas pistas, como numa entrevista que deu à revista “Espiral do Tempo”, em 2012.
“Salvo no início, em que andava um bocado à procura daquilo que queria fazer, sempre tive uma paleta de cores muito reduzida. Nunca fui um Fauve, nunca utilizei todas as cores do universo, tipo Matisse, uns azuis extraordinários, uns amarelos brilhantes, uns cor de laranja deliciosos. Sempre fui um artista muito mais sombrio, mais recatado na utilização da cor. Até ao ponto em que, em 1989, 1990, comecei a pensar: ‘será que preciso de usar cores?’.”
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