Completar a União Monetária na zona euro é um projeto de longo-prazo, para o qual é necessário paciência, segundo Mário Centeno. No último dia de conferência Economia Viva, na Universidade Nova de Lisboa, o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo sublinhou a importância da união bancária e da integração dos mercados de capitais para o projeto europeu.
“Quando olhamos para a Europa, temos definitivamente de pensar em aprofundar a União Monetária, que é muito importante para prevenir crises futuras e preparar-nos para tratar dessas crises, no futuro”, afirmou o ministro, num debate sobre o crescimento da Europa, com o economista e investigador da Bruegel, André Sapir.
“Para completar a União Monetária, é indispensável haver uma união bancária e dos mercados de capitais”, continuou, lembrando que a crise ensinou a Portugal que é vulnerável no que diz respeito ao acesso aos mercados de dívida. Na altura, um dos mais avanços ao nível da integração europeia – a integração financeira – ficou fragmentada, segundo Centeno.
“Não cometamos erros: a união bancária é um grande projeto e temos de ser pacientes ao implementá-lo”, disse o ministro. Defendeu que “muito já foi feito”, referindo-se ao papel do Banco Central Europeu (BCE) na supervisão dos bancos e ao Mecanismo Europeu de Supervisão. “Mas não é suficiente. E é neste ponto que nos encontramos”.
Segundo Mário Centeno, os mais importantes pontos em falta para avançar a integração europeia a nível monetário, passam pelo backspot para o Mecanismo Europeu de Resolução bem como o Esquema de Segurança de Depósitos, assuntos sobre os quais há discussões em aberto há vários meses. “Todos compreendemos que demora tempo, mas temos de começar já”, acrescentou.
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