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Centeno: “Se não tivermos paciência, não podemos pensar a longo prazo”

No último dia de conferência Economia Viva, na Universidade Nova de Lisboa, o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo defendeu que são necessárias reformas nos países da zona euro.
  • Cristina Bernardo
23 Fevereiro 2018, 20h01

Dois meses depois de ter assumido funções como presidente do Eurogrupo, Mário Centeno diz não ter dúvidas que o crescimento económico é o presente, mas também o futuro da zona euro. No último dia de conferência Economia Viva, na Universidade Nova de Lisboa, o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo afirmou que são, no entanto, necessárias reformas no bloco.

“A economia da zona euro cresce há 19 trimestres consecutivos, o que são quase cinco anos”, disse Mário Centeno, acrescentando que até o país mais afetado pela crise, a Grécia está a recuperar. No entanto, sublinhou que “precisamos de reformas, de procura, de oferta e de paciência”.

Num debate com o economista e investigador da Bruegel, André Sapir, sobre o futuro europeu, o ministro afirmou que “se não tivermos paciência, nunca poderemos pensar a longo-prazo”.

“O crescimento tem de ser sustentável nos próximos anos, temos de garantir que nos tempos bons construímos almofadas orçamentais e que aumentamos a produtividade”, disse Centeno, acrescentando que vê “espaço para melhorar as políticas orçamentais na Europa”.

Da mesma forma, André Sapir disse que “após a crise, podemos finalmente falar de crescimento a longo prazo”, sublinhando a importância de aplicar mecanismo que assegurem a sustentabilidade das dívidas soberanas do bloco europeu a longo-prazo.

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