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Centros comerciais faturaram 14 mil milhões em 2024. Valem 5% do PIB Nacional

Destaca o estudo da Nova SBE que “o retalho organizado assegura mais de 350 mil postos de trabalho: cerca de 226 mil diretos e mais de 126 indiretos e induzidos. Estes números equivalem a mais de 6,5% do total do emprego nacional”.
centros comerciais
4 Junho 2025, 12h44

Os centros comerciais em Portugal faturaram 14 mil milhões de euros no ano passado e pesaram 5% no PIB nacional. As conclusões são de um estudo da Nova SBE encomendado pela Associação Portuguesa de Centros Comerciais e mediram cinco indicadores: emprego, remunerações, receita fiscal, produção e Valor Acrescentado Bruto (VAB).

Os resultados do estudo da Nova SBE foram divulgados no decorrer da APCC Summit 2025, o congresso da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, que está a decorrer no Convento do Beato, em Lisboa, e junta especialistas nacionais e internacionais de diversas áreas, académicos, líderes do setor dos centros comerciais, gestores, proprietários, investidores, retalhistas, fornecedores e todos os envolvidos neste ecossistema.

“Em 2024, os centros receberam mais de 600 milhões de visitas, um número que tem vindo a crescer, e as vendas totais foram de 12,5 mil milhões de euros (+ 7% do que em 2023). Mas ao valor das receitas somam-se outros índices, com impactos e efeitos multiplicadores em toda a economia, e que indicam que o setor originou mais de 14 mil milhões de euros da riqueza do país, contribuindo para 5% do PIB nacional”, pode ler-se no estudo.

Destaca o estudo da Nova SBE que “o retalho organizado assegura mais de 350 mil postos de trabalho: cerca de 226 mil diretos e mais de 126 indiretos e induzidos. Estes números equivalem a mais de 6,5% do total do emprego nacional”.

Em relação ao valor das remunerações (salários, subsídios, gratificações e outras formas de retribuição) supera os 4 milhões e 700 mil euros, com cada euro do setor, nesta área, a gerar 2,26 euros das remunerações totais da economia portuguesa. A receita fiscal é de cerca de 3 milhões e 500 mil euros, o que representa um contributo de quase 8% para o global da receita arrecada com impostos no país (IVA e IRS).

Outro indicador destacado no estudo da Nova SBE revela que cada euro produzido no retalho organizado gerou 2,51 euros da produção total da economia nacional. Já em relação ao Valor Acrescentado Bruto (indicador que mede a riqueza criada por um setor durante o processo produtivo, descontando o valor dos bens e serviços intermediários utilizados na produção), alcançou os 11 milhões e 250 mil euros, o que significa que cada euro de VAB dos centros comerciais, gerou 2,22 euros do total do VAB nacional.

Enquanto setor de atividade, os centros comerciais, posicionaram-se no top 12 dos 82 setores das Contas Nacionais em termos de Valor Acrescentado Bruto direto, em 2024. Quando se excluem as atividades do setor público e imobiliário, sobem para o top 8, “demonstrando a sua importância transversal na economia”. Destaca-se, ainda, que “estes empreendimentos registaram multiplicadores de VAB e emprego superiores à média da economia portuguesa, sublinhando o seu contributo significativo para a criação de riqueza e dinamismo empresarial em Portugal”.

O estudo refere que os centros comerciais continuam a ter um papel de grande relevância para o dinamismo económico nacional, com “impacto substancial na criação de postos de trabalho e distribuição de renda, no aumento da receita fiscal e na geração de valor acrescentado bruto”.

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