[weglot_switcher]

CEO da Alantra: “O mundo é uma máquina de produzir crédito malparado”

A espanhola Alantra, que está assessorar a venda de crédito malparado e imóveis do Novo Banco, está presente em 22 países e quer ser líder mundial no segmento ‘mid-market’ em cinco anos.
16 Novembro 2018, 09h30

Project Nata e Project Viriato são os projetos nos quais a Alantra está a assessorar o Novo Banco na venda de portefólios de crédito malparado e imóveis, respetivamente. Sem querer revelar detalhes sobre essas live transactions, Santiago Eguidazu, que lidera o grupo espanhol presente em 22 países, e Rita Barosa, CEO da operação em Lisboa, explicaram ao Jornal Económico os contornos da atividade de venda de crédito malparado (NPL, sigla para o termo em inglês Non-performing loans), a nível global e em Portugal.

“O mundo é uma máquina de produzir NPL, produzimos muito. Porquê? Porque o mundo não gosta de sofrer. Obtém-se o crédito, articula-se o quadro de liquidez e depois não se paga o empréstimo, gera-se o NPL_e aí entramos nós”, afirma Eguidazu. “É um negócio fantástico”. O gestor espanhol recorda que, nos últimos anos, o foco em relação aos NPL tem estado nos países do sul da Europa, mas prevê que, a prazo, passará para a China, Índia e Brasil, onde os valores serão maiores. “São países onde houve um crescimento rápido de empréstimos e depois uma repentina deterioração das condições de crédito”.

Liquidez abre apetite

Rita Barosa diz que os números referidos em setembro na comunicação social, sobre os projetos que está a assessorar no Novo Banco (1,75 mil milhões de euros em crédito malparado e 700 milhões em imóveis), são próximos da realidade, mas explica que os valores neste tipo de operação costumam mudar. “Não estou a falar nestes projetos em específico. Mas há sempre uma ideia inicial, depois pode mudar-se o perímetro e ajustar-se o portefólio em função do apetite, do tipo de investidores, tudo para otimizar a transação e obter o máximo valor possível”.

 

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.