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Falta de ‘chips’ continua a afetar sector automóvel. Audi estima segundo semestre mais fraco

Markus Duesmann relembrou que o sector automóvel tem apresentado dificuldades em lançar veículos novos para o mercado devido à crise de semicondutores, que tem afetado fortemente a produção automóvel.
  • 4 – Audi
4 Outubro 2021, 15h30

O CEO da Audi apontou esta segunda-feira que a falta de semicondutores criou uma “tempestade perfeita” para o sector automóvel, perspetivando um segundo semestre mais fraco quando em comparação com os primeiros seis meses do ano. O CEO da fabricante que mais contribuiu para os lucros da Volkswagen admitiu que precisa de solucionar problemas numa base diária para enfrentar a escassez de chips.

“Tivemos um primeiro semestre muito forte em 2021. Esperamos um segundo semestre muito mais fraco. Temos problemas”, disse Markus Duesmann à Reuters, apelidando a situação como “uma tempestade perfeita”. Duesmann relembrou que o sector automóvel tem apresentado dificuldades em lançar veículos novos para o mercado devido à crise de semicondutores, que tem afetado fortemente a produção automóvel.

No entanto, o diretor apontou que as fracas vendas de veículos foram suavizadas nas contas finais devido ao aumento de preços, que conseguiram ainda impulsionar as margens das empresas do sector. No passado mês de julho, a Audi adiantou que não tinha conseguido construir mais de dez mil carros na primeira metade do ano mas que a margem de lucro no mesmo período subiu para 10,7%, ultrapassando os 8% verificados em 2019.

“Estamos a lidar muito bem com isso, diria”, explicou Duesmann, que também faz parte do conselho de administração da Volkswagen. À “Reuters”, o CEO admitiu que o grupo quer ter laços mais estreitos com as fabricantes de semicondutores e que a fabricante sairia mais forte da crise. “Mas, no momento, é um processo de solução de problemas do dia-a-dia”, concluiu ele.

A Audi embarcou recentemente numa mudança ambiciosa, em que pretende uma aposta maior nos veículos elétricos, sendo que os modelos lançados a partir de 2026 serão totalmente elétricos. Assim, a marca vai interromper gradualmente a produção de motores de combustão até 2033, com o diretor financeiro da marca a admitir que os veículos elétricos vão demorar dois a três anos a igualar o lucro dos movidos por combustão.

“O ponto em que ganhamos tanto dinheiro com carros elétricos quanto com carros com motor a combustão é agora, ou … no próximo ano, 2023. Os preços estão muito equilibrados”, adiantou Duesmann, perspetivando uma data mais cedo do que a avançada pelo CFO.

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