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CEO da EDPR defende redes elétricas mais modernas e robustas depois de apagão ibérico

O crescimento das energias renováveis deve ser acompanhado por “uma maior sofisticação do sistema de eletricidade”, disse hoje Miguel Stilwell d’Andrade.
8 Maio 2025, 15h45

O CEO da EDP Renováveis defendeu hoje redes de eletricidade mais robustas e modernas depois do apagão ibérico de dia 28 de abril.

Miguel Stilwell d’Andrade disse hoje que o evento destacou a importância da “robustez, fiabilidade e adaptabilidade” do sistema elétrico.

Defendeu assim um “investimento contínuo em infraestruturas de redes, armazenamento e outras fontes” numa chamada com analistas esta quinta-feira.

Para o futuro, considera que as renováveis vão continuar a desempenhar um “papel crucial no sistema energético”.

O crescimento das energias renováveis deve ser acompanhado por “uma maior sofisticação do sistema de eletricidade”, referiu.

Sobre o desempenho das equipas da EDP e da E-Redes durante o apagão ibérico, congratulou o seu trabalho: “as equipas reagiram muito bem”.

Os lucros da EDP Renováveis afundaram 24% para 52 milhões de euros no primeiro trimestre face a período homólogo.

A pesar no resultado líquido, está o impacto negativo de 13 milhões de euros na rubrica de depreciações e amortizações, “relacionado com a
depreciação acelerada do projeto eólico Meadow Lake IV nos EUA, com um plano de re-potenciação em curso baseado em fundamentos
sólidos”.

Já o resultado líquido recorrente desceu 4% para 66 milhões de euros, com o EBITDA recorrente a subir 5% para 477 milhões de euros, impulsionado por um crescimento de 5% nas vendas de eletricidade à boleia de uma subida de 10% na produção numa altura em que o preço médio de venda desceu 5%.

Já os proveitos das parceiras institucionais aumentaram em 41 milhões, com a produção a subir 20% e a capacidade instalada nos EUA a subir 1,5 gigas face a período homólogo.

As receitas subiram 21% para 763 milhões à boleia da subida de 5% nas vendas de eletricidade para 624 milhões e a subida de 41 milhões nos proveitos das parceiras institucionais.

O investimento desceu 17% para 600 milhões, com mais de 80% do Capex focado para a América do Norte e Europa.

Já a dívida líquida subiu 600 milhões para 8,9 mil milhões “refletindo os investimentos em caixa feitos no período”.

A redução da dívida deverá concentrar-se no segundo semestre com a ajuda das receitas de Tax Equity nos EUA e do programa de vendas por rotação de ativos.

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