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CEO da TAP apresenta-se hoje ao Parlamento e enfrenta questões dos deputados (com áudio)

Temas como Alexandra Reis, indemnização milionária, contratação da amiga, cheques-Uber e greves dos trabalhadores são os temas que Christine Ourimières-Widener terá de esclarecer no Parlamento.
18 Janeiro 2023, 09h51

A CEO da TAP, Christine Ourimières-Widener, vai ser ouvida esta quarta-feira na Assembleia da República por conta de todas as polémicas que têm assolado a companhia aérea.

Em cima da mesa dos deputados existe um número sem fim de questões, sendo mais recentemente o caso da indemnização à ex-administradora e ex-Secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.

Ourimières-Widener será ouvida na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação e terá de enfrentar perguntas dos deputados do Parlamento, que querem ver todas as suas questões respondidas.

A primeira questão prende-se mesmo com Alexandra Reis, administradora que recebeu 500 mil euros de indemnização após ter sido convidada a sair da companhia aérea de bandeira. É do conhecimento público que a administradora e a CEO apresentavam um grau de incompatibilidade devido às fortes discordâncias entre si, nomeadamente a mudança de sede e as novas contratações após uma vaga de despedimentos, e os deputados querem perceber as razões que levaram a TAP a chegar a acordo com a vogal.

Outra questão é mesmo o valor da indemnização, uma vez que Alexandra Reis saiu e recebeu 500 mil euros após oito meses a exercer funções no Conselho de Administração. Os deputados querem perceber quais as regras que definiram o valor a pagar e ainda quem, dentro do Governo, aprovou e autorizou o pagamento do mesmo.

A CEO da TAP será ainda questionada sobre a contratação de Isabel Nicolau, sua amiga pessoal e ainda companheira do personal trainer do marido. Isabel Nicolau foi contratada para gerir o departamento de Melhoria Contínua, Sustentabilidade e Real Estate com um salário de 15 mil euros mensais.

Outra questão que deverá estar presente na agenda dos deputados será o contratação dos BMW para os diretores (entretanto suspensa) e os cheques-Uber entregues aos diretores para compensar a falta dos mesmos carros quando a empresa admitiu assegurar os veículos Peugeot que tinham.

Entre as questões está o tema das greves, depois dos pilotos e tripulantes de cabine terem realizado uma paragem no passado mês de dezembro e terem entregue um pré-aviso para o fim deste mês.

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