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CEO portugueses acreditam que inteligência artificial vai criar mais empregos do que destruir

O estudo “Global CEO Outlook”, elaborado pela consultora KPMG, concluiu também que os líderes empresariais portugueses (92% dos inquiridos) estão mais otimistas em relação ao crescimento da economia global do que os seus congéneres mundiais (78%).
22 Janeiro 2019, 11h00

O estudo “Global CEO Outlook“, elaborado pela consultora KPMG, concluiu que os CEO portugueses (92% dos inquiridos) estão mais otimistas em relação ao crescimento da economia global do que os seus congéneres mundiais (78%).

O estudo que compara as perspetivas e expectativas dos gestores portugueses com os resultados do survey global (e que envolveu cerca de 1.300 gestores de algumas das principais economias mundiais), revelou que a maioria dos líderes globais (55%) espera um crescimento de menos de 2%, uma percentagem que em Portugal ascende aos 64%.

O ânimo dos CEO é atenuado por incertezas face a ameaças como o terrorismo, alterações climáticas e ambientais, riscos da cibersegurança ou o risco da tecnologia emergente/disruptiva.

A maioria indica estar preparada para liderar uma transformação organizacional radical (71% a nível global e 64% em Portugal). No entanto, entre os portugueses, um terço tem dúvidas quanto à capacidade da sua equipa de gestão coordenar a transformação digital exigida.

Para 49% dos inquiridos a nível global, ser vítima de um ciberataque é hoje uma inevitabilidade: uma questão de “se”, e não de “quando”. Os gestores portugueses estão mais optimistas e 28% concorda com esta visão. Os CEO de todo o mundo preocupam-se com a robustez das suas defesas, mas 51% acreditam estar bem preparados para um ciberataque. Em Portugal, apenas 32% dos líderes se consideram preparados para um ataque com estas características.

Para se tornarem mais ágeis e acelerarem no caminho da inovação digital, as organizações estão a construir redes (ou “ecossistemas”) de inovação: 68% dos líderes inquiridos em Portugal pretendem criar programas de aceleração ou incubadoras para startups. Um valor acima da média global, de 53%.

A Inteligência Artificial (IA) é outro dos temas na ordem do dia, quando se fala de inovação. Para a maioria dos CEO, os avanços ao nível da IA terão implicações positivas ao nível do emprego: 62% acreditam que a IA criará mais empregos do que os que destruirá. Em Portugal, esta visão optimista é ainda mais acentuada (84%).

“Numa era em que a disrupção introduzida, por exemplo, pelos avanços na área da robotização e da análise de dados, nos aproxima de capacidades que não antecipávamos há alguns anos, serão cada vez mais as características individuais dos gestores – as suas experiências e a sua visão – a marcar a diferença”, referiu Sikander Sattar, presidente do conselho de administração da KPMG Portugal.

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