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Cerca de 23% dos alunos do ensino público não tem acesso a computador com internet

O Centro de Economia da Educação da Nova SBE concluiu que, em média, os professores reportam que 23% dos alunos não tem um computador com acesso à internet. Estes valores são mais elevados no ensino público e nos ciclos de ensino iniciais.
21 Abril 2020, 12h29

Numa altura em que as escolas se encontram encerradas, muitos alunos e professores se vêm dependentes da tecnologia. Na verdade, apenas 2% dos professores reportam não estar a desenvolver métodos de ensino à distância. A maioria usa como estratégia o envio de materiais de apoio ao estudo. Porém, a falta de acesso poderá ser uma entrave para normalizar o ensino durante a pandemia da Covid-19.

A Nova SBE recolheu entre 25 de março e 8 de abril 1586 inquéritos junto de professores do ensino básico e secundário com vista a compreender como tem decorrido a transição para o ensino a distância.

De acordo com um estudo do Centro de Economia da Educação da Nova SBE, em média, os professores reportam que 23% dos alunos não tem um computador com acesso à internet. Estes valores são mais elevados no ensino público e nos ciclos de ensino iniciais.

A investigação informa ainda que mesmo entre as escolas públicas, existem realidades muito diferentes. Por exemplo, no 1º ciclo, 20% dos professores indica que praticamente todos os seus alunos (mais que 90%) tem computador com internet. Mas também existem muitos professores (cerca de 25%) que indica que mais de metade da turma não tem computador.

Quanto ao número de aulas lecionadas por videoconferência, apenas 30% dos professores afirma te-lo feito, sendo esta percentagem mais baixa nas escolas públicas, cerca de 22%.

Da perspetiva dos professores, cerca de 19% dos professores não estão a recolher qualquer instrumento de avaliação, sendo que a maioria se encontra a fazê-lo através do recurso a trabalhos de casa, 71%.

Apesar de tudo, a maioria dos professores, 77%, diz não recorrer aos recursos disponibilizados pelo Ministério da educação, afirmando ter um nível de confiança elevado na sua capacidade de adaptação à nova realidade. Estes, avaliam ainda favoravelmente a capacidade de adaptação dos seus alunos, e numa menor magnitude a dos encarregados de educação

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