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CGD com programa de obrigações hipotecárias cobertas no valor máximo de 15 mil milhões aprovado

O Prospeto Base foi aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), enquanto autoridade competente, e é válido por um período de 12 meses a partir da data da aprovação. A maturidade máxima admitida é de 50 anos.
Rafael Marchante/Reuters
28 Novembro 2023, 16h29

A Caixa Geral de Depósitos informou o mercado sobre a aprovação do prospeto de base para admissão à negociação, em mercado regulamentado, de obrigações cobertas, ao abrigo do programa de emissão no valor de 15 mil milhões de euros.

Ao abrigo deste programa, a CGD pode emitir periodicamente obrigações hipotecárias denominadas em qualquer moeda “acordada entre o Emitente e o Dealer relevante”.

Em comunicado ao mercado, o banco revela que as Obrigações Hipotecárias serão emitidas sob a forma nominativa e serão representadas sob a forma escritural.

“O montante nominal agregado máximo de todas as Obrigações Hipotecárias em circulação ao abrigo do Programa não excederá 15.000.000.000 euros (ou o seu equivalente noutras moedas)”, lê-se na nota.

O Prospeto Base foi aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), enquanto autoridade competente, e é válido por um período de 12 meses a partir da data da aprovação. A maturidade máxima admitida é de 50 anos.

Os títulos, serão ou foram apresentados à Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados. Isto é, as obrigações foram ou serão admitidas no mercado regulamentado da Euronext Lisbon.

A CGD refere que escolheu como “Arranger”, o Barclays Bank, e como “CoArranger” a sua Caixa Banco de Investimento.

A lista de “Dealers” está explanada no documento e é composta pelos: Barclays Bank Ireland; BNP Paribas; BofA Securities; Caixa – Banco de Investimento; Citigroup; Commerzbank; Crédit Agricole CIB; HSBC; Deutsche Bank; ING; J.P. Morgan; Mediobanca; Morgan Stanley;  Natixis; NatWest Markets; UBS Investment Bank; Nomura; Société Générale Corporate & Investment Banking; e UniCredit.

O “cover pool monitor” é a PricewaterhouseCoopers & Associados.

“Este Prospeto de Base é datado de 28 de novembro de 2023”, lê-se no documento.

Na lista de riscos, tradicional neste tipo de prospectos, a CGD refere que o Grupo tem uma carteira de crédito diversificada, sem que nenhum sector represente mais de 15% dos empréstimos a empresas (em 31 de dezembro de 2022), com as 10 maiores exposições a representarem 7,5%, as 30 maiores exposições a representarem 12,1% e as 100 maiores exposições a representarem 18,3% da sua carteira de crédito e sem que nenhum sector represente mais de 32,6% dos empréstimos a empresas (em cada caso, em 30 de junho de 2023).

“O risco de concentração de crédito em pessoas singulares ou grupos económicos é majorado e controlado pela função de gestão do risco e tem vindo a diminuir desde que foram desenvolvidas métricas de declaração de apetência pelo risco para monitorizar esse risco. Se algum destes grupos entrar em incumprimento, tal incumprimento poderá conduzir a um aumento material das dotações para imparidade, o que poderá ter um efeito adverso nos resultados e na qualidade dos activos da CGD”, lê-se no documento.

Ainda no mesmo documento a CGD explica que está exposta ao mercado imobiliário português, quer diretamente através de ativos relacionados com a sua atividade ou obtidos em troca de pagamentos, quer indiretamente através de imóveis que garantam empréstimos ou financiamento de projetos imobiliários, tornando-a vulnerável a qualquer depressão no mercado imobiliário. mercado imobiliário. Em 31 de dezembro de 2022, o valor dos ativos executados detidos pelo Grupo CGD ascendia a 291 milhões de euros.

A CGD tem exposição adicional ao mercado imobiliário através do montante de ativos imobiliários detidos pelo fundo de pensões da CGD, que em 31 de dezembro de 2022 totalizava 420 milhões de euros, representando 12,8 por cento. do valor dos activos do fundo de pensões.

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