Quem o diz é Luís Montenegro, porta-voz do PSD, sobre a demissão da administração da Caixa Geral de Depósitos. De acordo com o também deputado social-democrata, a resignação “não apaga nem os deveres de declaração dos respetivos membros, nem os deveres de explicação da administração e do governo aos portugueses sobre todo este processo”.
“A administração deve explicar cabalmente as razões da sua saída e o governo deve dizer mais, muito mais”, defende Montenegro. De acordo com o porta-voz social democrata, “o primeiro-ministro tem muito a explicar” e não pode “fugir às responsabilidades” de um “filme” no qual é “ator principal”. António Costa não pode, defende Montenegro, “dar à sola e não assumir as suas responsabilidades quando o governo enfrenta dificuldades”.
Há ainda, de acordo com o porta-voz do PSD, “muitas perguntas por responder”. As razões da demissão, a informação a que os administradores tiveram antes e depois de terem sido nomeados, como estão acautelados os interesses da CGD e se houve, ou não, conflitos de interesses – referindo-se à presença de António Domingues em reuniões com a Direcção-Geral da Concorrência europeia enquanto ainda era vice-presidente do BPI.
Em resposta ao PS, que pela voz de João Galamba acusou o PSD de ter dificultado todo o processo de recapitalização da CGD, num processo a que chamou “guerrilha política”, Luís Montenegro foi perentório: “Se os deputados do PS e dos partidos que suportam o governo [BE e PCP] acham que o que fortalece o sistema bancário é o silêncio do maior partido da oposição sobre os problemas que o próprio governo alimenta, estão muito enganados. O que traz confiança e estabilidade é a transparência, a assunção das responsabilidades e as boas decisões. O que traz instabilidade é a confusão e a trapalhada com que o governo e os partidos que o apoiam têm gerido esta matéria.”
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