A guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China no sector tecnológico ganhou um novo ímpeto. As preocupações aumentaram do outro lado do Atlântico e têm um nome: “Charlotte”, designação utilizada pela empresa chinesa SMIC para o chip Kirin 9000s integrado no telemóvel Mate 60 Pro da Huawei.
Em causa está um chip que, em teoria, nenhuma empresa chinesa teria capacidade de fabricar devido às sanções dos EUA para as exportações de materiais para produção de semicondutores. Porém, de acordo com o jornal “El Economista”, Pequim encontrou uma forma de escapar a esses entraves.
A publicação espanhola lembra que, a 29 de agosto, a Huawei apresentou o Mate 60, o novo smartphone premium da marca, o que deixou a maior economia do mundo “perplexa”. Primeiro, porque este telemóvel tem mais componentes de origem chinesa do que o antecessor: aproximadamente 47%, mais 18% do que o Mate 40. Depois, pode conectar-se à rede 5G, bem como fazer chamadas via satélite, graças ao Kirin 9000s de sete nanómetros.
Como a China conseguiu contornar as sanções dos EUA, e as de aliados como Japão ou Países Baixos, para produzir um smartphone “caseiro” integrado com um chip avançado inferior a 14 nanómetros, o Congresso norte-americano emitiu um relatório em novembro para tentar descobrir como duas empresas (Huawei e SMIC), conseguiram desenvolver chips de vanguarda.
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