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‘Chef’ basco bate o seu próprio recorde com 12 estrelas do Guia Michelin

O ‘chef’ basco Martín Berasategui superou esta quarta-feira o seu próprio recorde, alcançando as 12 estrelas Michelin, com a conquista de duas novas estrelas no Guia Espanha e Portugal 2020, que atribuiu o galardão máximo a um restaurante na Cantábria.
20 Novembro 2019, 20h49

O ‘chef’ conquistou, na edição do próximo ano do guia ibérico, uma estrela (‘uma cozinha de grande nível, compensa parar’) para o seu primeiro restaurante em Portugal, “Fifty Seconds by Martín Berasategui” (Lisboa), com o chefe executivo Filipe Carvalho, e também para o “Ola Martín Berasategui” (Bilbao), foi hoje anunciado numa cerimónia em Sevilha, Espanha.

Distinções que se juntam às três estrelas (‘uma cozinha única, justifica a viagem’) dos restaurantes “Martín Berasategui” (Bilbao) e “Lasarte” (Barcelona), às duas estrelas (‘uma cozinha excecional, merece o desvio’) do “M.B” (Tenerife) e da estrela dos “eMe Be Garrote” (San Sebastian) e “Oria” (Barcelona).

Estas duas últimas foram anunciadas na gala do ano passado, que decorreu em Lisboa, quando Berasategui subiu de oito para dez estrelas.

Na edição de 2020 do guia ibérico, há apenas um novo restaurante com três estrelas: o “Cenador de Amós”, num “encantador palácio-mansão” em Villaverde de Pontones, na Cantábria (Norte de Espanha), descreve o Guia Michelin.

Os inspetores do guia declararam que o ‘chef’ Jesús Sánchez obteve a mais alta distinção pela sua “incansável procura da emoção”, fazendo com que “o cliente descubra a sua proposta em etapas, de forma a apreciar ainda mais os diferentes espaços do edifício e todos esses detalhes únicos que deixam a sua marca numa experiência culinária”.

Este restaurante alcança assim a categoria máxima, com os inspetores a valorizarem “o facto de ali ser dada prioridade ao respeito pelos sabores da Cantábria, tornando-os reconhecíveis e expressos plenamente em cada prato”.

No próximo ano, há cinco novos restaurantes com duas estrelas e 19 novidades com uma estrela.

Ao mesmo tempo, ‘perde-se’ a distinção máxima atribuída há um ano ao “Daní Garcia”, em Marbella (Sul de Espanha), do ‘chef’ com o mesmo nome, que deu o seu último jantar no restaurante no sábado passado.

Em Espanha há dez restaurantes com uma estrela que perdem esta classificação, ou por encerramento ou porque os inspetores consideraram que não cumpriam os critérios do guia.

Já em Portugal há um novo restaurante com duas estrelas (“Casa de Chá da Boa Nova”, Leça da Palmeira, ‘chef’ Rui Paula) e quatro novidades com uma estrela – além do “Fifty Seconds”, o “Epur” (Lisboa, ‘chef’ Vincent Farges), “Mesa de Lemos” (Viseu, ‘chef’ Diogo Rocha) e “Vistas” (Vila Nova de Cacela, ‘chef’ Rui Silvestre).

No total, a edição de 2020 contempla 11 restaurantes com a classificação máxima, dos quais uma novidade (todos em Espanha); 36 com duas estrelas, dos quais seis novos, e 194 restaurantes com uma estrela (23 novos).

Na categoria ‘Bib Gourmand’ (boa relação qualidade/preço), há 302 estabelecimentos, dos quais 56 novos – destes, seis são portugueses.

A gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020 decorreu hoje à noite em Sevilha, nos históricos edifícios do Teatro Lope da Vega e do Casino da Exposição, construídos para a Exposição Ibero-americana de 1929, e assinalam o 110.º aniversário do lançamento do guia ibérico.

O jantar da cerimónia, em que participaram cerca de 500 convidados, entre responsáveis políticos, empresários da restauração, chefes de cozinha e imprensa, foi servido por oito ‘chefs’ andaluzes, sob o comando de Ángel León (“Aponiente”, três estrelas, Cádiz).

A equipa de inspetores da Michelin avalia a qualidade dos produtos, a criatividade e apresentação, o domínio do ponto de cozedura e dos sabores, a relação qualidade/preço e a regularidade da cozinha para decidir a qualificação dos restaurantes.

Os inspetores “são um cliente como qualquer outro”: visitam os estabelecimentos de forma anónima e periódica e pagam a conta.

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