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Chega acusa China de “negligência” na disseminação internacional do novo coronavírus

O deputado único do Chega, André Ventura, considera que a “tentativa de ocultação” por parte do Governo chinês da propagação da Covid-19 tornou-se numa “arma poderosa” na disseminação do vírus, cujas consequências estão ainda por calcular.
26 Março 2020, 20h42

O Chega apresentou esta quarta-feira um voto de condenação pela “negligência do regime comunista chinês da disseminação internacional” do novo coronavírus (Covid-19). O deputado único do Chega, André Ventura, considera que a “tentativa de ocultação” por parte do Governo chinês da propagação da Covid-19 tornou-se numa “arma poderosa” na disseminação do vírus, cujas consequências estão ainda por calcular.

“Sabemos hoje que a tentativa de ocultação, por parte do regime ditatorial chinês, da propagação do vírus em Wuhan, província de Hubei, bem como da mortalidade a que estava associado, dificultaram não apenas o trabalho de diagnóstico e prevenção comunidade médica e científica, como a preparação da comunidade internacional para lidar com o vírus”, lê-se no voto de condenação entregue na Assembleia da República,

André Ventura considera que a “persistente obsessão” do Governo chinês em controlar os meios de comunicação social, bem como em reprimir liberdades e garantias e “dificultar tudo o que represente fluxos de informação para o exterior”, tornou-se “na arma mais poderosa na disseminação do novo coronavírus, com consequências que ainda hoje não são possíveis de vislumbrar ou mensurar”.

O Chega considera que “a comunidade internacional deve agora focar-se, primeiramente, em salvar vidas e evitar o colapso dos seus sistemas de saúde”. O partido defende, no entanto, que “não pode deixar de investigar a extensão da responsabilidade do regime chinês” na origem e disseminação da “tragédia pandémica” que o mundo enfrenta.

O novo coronavírus já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais perto de 22.000 morreram. O surto da Covid-19 surgir na China, em dezembro, e espalhou-se por todo o mundo. No continente europeu, já há cerca de 260.000 infetados, sendo a Itália o país do mundo com mais vítimas mortais (7.503 em 74.386 casos registados)

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