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Chega considera “suficiente” texto da nova versão da lei dos estrangeiros

Chega impôs como condição para a viabilização da lei dos estrangeiros que os imigrantes tivessem de ter cinco anos de descontos para poderem receber apoios sociais, mas texto final não vai acolher essa proposta.
Cristina Rodrigues
30 Setembro 2025, 11h57

Numa intervenção de ataque ao Tribunal Constitucional pelo chumbo da anterior versão da lei de estrangeiros, a deputada do Chega Cristina Rodrigues acabou por considerou “suficiente” o texto final apresentado pelo Governo e que é hoje votado no Parlamento. Num debate marcado pela ausência de André Ventura, a deputada sublinhou, no entanto, que o Chega quer ir mais longe no tema da imigração.

“Saudamos o Governo por reconhecer que há abusos na atribuição de apoios sociais que devem de ser combatidos (…) Que fique também claro que o texto que eventualmente será aprovado hoje nos parece suficiente, mas reconhecemos desde já que temos de ir mais longe para efetivamente conseguirmos regular a política migratória”, disse a parlamentar.

A proposta apresentada pelo Governo mantém o prazo de dois anos de residência válida para pedir o reagrupamento familiar, mas admite que o prazo seja reduzido para um ano caso se trate de cônjuges que coabitaram com o requerente do reagrupamento familiar no ano anterior a este ter imigrado para Portugal.

Na segunda-feira, líder do Chega colocou como condição para um acordo em torno da lei de estrangeiros que a nova legislação estipule que os imigrantes tenham de ter cinco anos de descontos para poderem receber apoios sociais.

A rematar a intervenção do Governo, António Leitão Amaro, que considerou a lei apresentada “irrecusável para qualquer partido moderado e de bom senso”, elogiou a posição “construtiva” dos três maiores partidos da oposição, Iniciativa Liberal, Chega e PS e disse estar tudo encaminhado para este se consagrar como “um dia bastante importante para este Parlamento”.

Reconheceu mesmo  o “esforço equilibrado” dos socialistas. “Reconheço o esforço construtivo na visão sobre os acordos bilaterais, é uma ideia positiva que merece ser acolhida; percebo o esforço do ajustamento que querem fazer nos prazos do reagrupamento, embora me pareça desadequado”, sinalizou o ministro da Presidência, assinando também divergências quanto às propostas relacionadas com o visto de procura de trabalho.

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