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China aumenta uso do yuan e reduz dependência do dólar, afirma Marco Saravalle

Especialista destaca substituição do dólar pelo yuan em transações internacionais chinesas nos últimos 15 anos.
Petar Kujundzic/Reuters
28 Maio 2024, 21h42

Numa análise detalhada, Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX, destacou a resiliência das bolsas americanas, que continuam a bater recordes mesmo em um cenário de juros elevados. Segundo Saravalle, o desempenho positivo do S&P 500 é impulsionado principalmente pela lucratividade das empresas, superando as expectativas dos principais analistas de Wall Street.

Projeções e Desempenho do S&P 500

Saravalle observou que, embora os analistas tenham revisado suas projeções para o S&P 500 para cima, o potencial de valorização adicional é limitado. “Temos visto revisões positivas para o S&P 500, mas o consenso é que o potencial de alta seja relativamente pequeno, com muitos analistas acreditando que os preços atuais já refletem esse otimismo”, comentou.

Desdolarização: A Tendência da China

Outro ponto crucial da análise de Saravalle foi a crescente desdolarização nas transações internacionais, especialmente na China. “Nos últimos 15 anos, a China tem substituído o dólar por sua moeda local, o yuan, em suas transações comerciais. Em 2023, a participação do yuan superou a do dólar nas transações chinesas”, explicou Saravalle, apontando uma mudança significativa no panorama econômico global.

O Futuro do Dólar

Apesar dessa tendência de desdolarização, Saravalle enfatizou que o dólar continua a ser a principal moeda de transações internacionais. “Embora a China tenha aumentado o uso do yuan, o dólar ainda prevalece globalmente. O euro e o iene, por outro lado, têm perdido espaço nas transações comerciais.”

Impacto dos Juros Altos e Expectativas Futuras

A análise também destacou a influência das taxas de juros dos EUA no fortalecimento do dólar em relação a outras moedas. “Os juros altos nos Estados Unidos tendem a manter o dólar forte, enquanto o euro pode se desvalorizar conforme a Europa reduz seus juros antes dos EUA”, afirmou Saravalle. Ele acrescentou que essa dinâmica dificulta a valorização de outras moedas, como o real brasileiro, no curto prazo.

Assim, Marco Saravalle concluiu que a lucratividade das empresas continuará a impulsionar o S&P 500, desde que não haja grandes surpresas negativas no cenário econômico. “A bolsa americana está em uma direção de alta, enquanto a brasileira enfrenta desafios no curto prazo”, finalizou.

 

Leia aqui a notícia completa: https://bmcnews.com.br/2024/05/27/china-aumenta-uso-do-yuan-e-reduz-dependencia-do-dolar-afirma-marco-saravalle/

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