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China critica inclusão de empresas chinesas em lista negra por apoio à Rússia

“A cooperação entre a China e a Rússia, que se baseia na igualdade e no benefício mútuo, não deve ser perturbada por terceiros. Apelamos ao fim dos ataques à China sem qualquer fundamento”, reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.
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FILE PHOTO: Chinese President Xi Jinping attends a welcoming ceremony for Greek President Prokopis Pavlopoulos outside the Great Hall of the People, in Beijing, China May 14, 2019. REUTERS/Jason Lee/File Photo
25 Fevereiro 2025, 08h54

A China criticou, esta terça-feira, a inclusão pelo Conselho Europeu de entidades chinesas na lista de empresas que considera estarem a apoiar o complexo militar-industrial da Rússia, na sua guerra de agressão contra a Ucrânia.

“A cooperação entre a China e a Rússia, que se baseia na igualdade e no benefício mútuo, não deve ser perturbada por terceiros. Apelamos ao fim dos ataques à China sem qualquer fundamento”, reagiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

O porta-voz reiterou que o seu país nunca forneceu armas à Rússia e que mantém um “controlo rigoroso” sobre os artigos civis e militares de dupla utilização, incluindo os veículos aéreos não tripulados (“drones”).

Defendeu ainda que “a China vai tomar medidas contra qualquer pessoa que imponha sanções unilaterais” contra as suas empresas, visando proteger os seus direitos.

Outros governos, como o britânico e o canadiano, também impuseram sanções nos últimos dias contra fornecedores de Moscovo em países terceiros, como a Turquia, a Índia e a China.

“A China está empenhada no desenvolvimento pacífico, na salvaguarda da paz e em promover estabilidade e certeza no mundo”, acrescentou Lin, que destacou a conversa por telefone entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na segunda-feira.

Xi sublinhou então que as relações entre a China e a Rússia “não são dirigidas contra terceiros nem serão influenciadas por ninguém” e previu que os laços continuarão a desenvolver-se suavemente e “ajudarão o desenvolvimento de ambos os países, injetando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais”.

Pequim opôs-se às sanções unilaterais contra Moscovo e apelou a uma solução política para a guerra na Ucrânia. O Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, ao fornecer ao país vizinho componentes essenciais para a produção de armamento.

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