A China deve ser forçada a rever as suas metas económicas, fixadas durante uma reunião do partido que governa o país, depois de admitir a existência de “muitas contradições complexas”, avança a “Reuters“.
Entre os objetivos fixados pela China, explica a agência noticiosa, está a modernização da indústria, a expansão da procura interna, o estímulo ao crescimento, e a contenção dos riscos associados à dívida.
“Níveis elevados de dívida somados a crescentes pressões deflacionárias poderão eventualmente resultar num crescimento ao estilo do Japão, baixo crescimento e inflação muito baixa”, disse o economista-chefe, para a China, Capital Economics, Julian Evans-Pritchard, citado pela publicação.
Face a este contexto, Julian Evans-Pritchard considera que a China seria “forçada” a mudar o “rumo” das suas políticas.
O vice-diretor do gabinete de pesquisa política do comité central do partido comunista chinês, Tang Fangyu, reconheceu os atuais desafios que enfrenta o país, ao referir, citado pela “Reuters”, que “quanto mais profunda for a reforma, mais complexos e agudos serão os conflitos de interesses”.
Tang Fangyu sublinhou que impulsionar a modernização, da maneira que a China tem feito, “enfrenta “muitos conflitos e problemas complexos” admitindo que o país, de modo a atingir os seus propósitos, deve “superar múltiplas dificuldades e obstruções”.
A Câmara de Comércio da União Europeia na China considerou “positivo” que a liderança chinesa tenha “novamente reconhecido” muitos dos “ventos contrários” que a economia do país enfrenta, acrescentando que “parece não haver desvio da prioridade imediata [China] que é equilibrar a sua recuperação económica com as preocupações de segurança nacional, mantendo ao mesmo tempo a estabilidade social”.
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